Estabilidade facilita procedimentos das obras públicas – ministro

O ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, disse hoje, numa visita às obras do Metro do Porto, que a “estabilidade” facilita os processos das obras públicas, nomeadamente para “fazer contas” e “desbloquear verbas” quando é necessário.

Estabilidade facilita procedimentos das obras públicas - ministro

“Estarmos a trabalhar, mostrarmos o resultado do nosso trabalho, é um bom exemplo de para que é que a estabilidade é necessária”, disse aos jornalistas, destacando a importância de “concretizar, tomar as decisões que são precisas”.

Para Duarte Cordeiro, que visitava as obras da estação do Hospital Santo António da futura linha Rosa do Metro do Porto (São Bento – Casa da Música), quando “há aumentos dos custos de obra, é preciso fazer contas, é preciso desbloquear as verbas, é preciso tomar decisões, é preciso dar autorizações para essas decisões, para elas poderem avançar”.

“É esta facilidade que nós temos quando temos estabilidade, e é por isso que as obras avançam ao ritmo que avançam”, disse aos jornalistas, quando questionado sobre a situação política atual, sem nunca comentar diretamente as palavras do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na quinta-feira.

Na declaração ao país, o chefe de Estado qualificou a sua discordância em relação à decisão do primeiro-ministro de manter João Galamba como ministro das Infraestruturas como uma “divergência de fundo” e considerou que essa decisão de António Costa tem efeitos “na credibilidade, na confiabilidade, na autoridade do ministro, do Governo e do Estado”.

Na terça-feira à noite, Marcelo Rebelo de Sousa já tinha manifestado a sua discordância em relação à decisão do chefe do Governo, António Costa, de manter João Galamba como ministro das Infraestruturas, afirmando através de uma nota escrita que “discorda da posição deste quanto à leitura política dos factos e quanto à perceção deles resultante por parte dos portugueses, no que respeita ao prestígio das instituições que os regem” e realçando que “não pode exonerar um membro do Governo sem ser por proposta do primeiro-ministro”.

Nos últimos dias, o ministro das Infraestruturas esteve envolvido em polémica com o seu ex-adjunto Frederico Pinheiro, que demitiu na quarta-feira, sobre informações a prestar à Comissão Parlamentar de Inquérito à Tutela Política da Gestão da TAP.

O caso envolveu denúncias contra Frederico Pinheiro por violência física no Ministério das Infraestruturas e furto de um computador portátil, depois de ter sido demitido, e a polémica aumentou quando foi noticiada a intervenção do Serviço de Informações e Segurança (SIS) na recuperação desse computador.

JE (JPS) // MSP

By Impala News / Lusa

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