Costa pede esforço para autonomizar UE em matéria de defesa e segurança
O presidente eleito do Conselho Europeu, António Costa, considerou hoje que a paz na Ucrânia “não pode ser a dos cemitérios” e apelou a um esforço para autonomizar a União Europeia (UE) em matéria de defesa e segurança.
“A paz não pode ser a paz dos cemitérios, a paz não pode ser capitulação. A paz não pode recompensar o agressor, a paz na Ucrânia tem de ser justa”, disse António Costa, durante uma cerimónia para assinalar a ‘passagem do testemunho’ entre Charles Michel e o presidente eleito do Conselho Europeu, em Bruxelas.
Perante a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, António Costa advertiu que apesar de a guerra ser no território ucraniano, “estão em causa dos princípios universais consagrados na Carta das Nações Unidas”.
O presidente eleito do Conselho Europeu, que vai iniciar funções no domingo, 1 de dezembro, por um período de dois anos e meio, acrescentou que é necessário “escrever um novo capítulo da UE enquanto projeto de paz”.
“Tornando-nos mais fortes, mais eficientes, mais resilientes e, sim, mais autónomos em matéria de segurança e defesa. Assumindo um ónus maior no que toca à nossa preparação militar. Reforçando simultaneamente os pilares da nossa parceria transatlântica”, completou António Costa.
Costa entra e von der Leyen continua
“Hoje é um bom dia para a Europa porque a votação mostra que o centro resiste”, disse na quarta-feira, após a confirmação de que tinha sido reeleita. “Estou muito grata pela confiança manifestada pelo Parlamento ao novo colégio [de comissários] e a votação permite-nos começar agora, a 1 de dezembro”, afirmou numa conferência de imprensa realizada à margem da sessão plenária da assembleia europeia, na cidade francesa de Estrasburgo.
Reagindo após o aval parlamentar à sua nova equipa, no seu segundo mandato de cinco anos à frente da instituição, a responsável alemã vincou: “Estamos ansiosos por começar e isso é fundamental porque o tempo urge”.
“Enfrentamos desafios políticos significativos dentro da nossa União, nas nossas fronteiras, na nossa vizinhança, em que precisamos de aumentar a nossa competitividade e em que o impacto das alterações climáticas se faz sentir cada vez mais fortemente”, elencou.
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