Portugal sem condições para enviar aviões de combate para a Ucrânia

O primeiro-ministro rejeitou que enviar aviões de combate para a Ucrânia seja uma linha vermelha, mas disse que Portugal está impossibilitado de o fazer neste momento.

Portugal sem condições para enviar aviões de combate para a Ucrânia

O primeiro-ministro rejeitou hoje que enviar aviões de combate para a Ucrânia, como tem pedido insistentemente o Presidente ucraniano, seja uma linha vermelha, mas disse que Portugal está impossibilitado de o fazer neste momento.

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“Da nossa parte não se trata de uma questão de linha vermelha”, respondeu António Costa, em conferência de imprensa, no final de uma cimeira extraordinária entre chefes de Estado e de Governo da União Europeia, em Bruxelas, que contou com a participação do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Os trabalhos da reunião, que começou na quinta-feira de manhã, prolongaram-se por cerca de 16 horas e acabaram já durante a madrugada de hoje. Zelensky tem insistido nas últimas semanas sobre a necessidade de o país receber aviões de combate e hoje, perante os presidentes e primeiros-ministros dos 27, reiterou o pedido.

Contudo, a frota que Portugal tem “está empenhada em diferentes missões, de soberania nacional e garantia da integridade do território, missões de interceção” e também os compromissos com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), disse António Costa. “Vamos ter agora uma missão de policiamento do espaço aéreo da Lituânia e esse é um compromisso com a NATO, por isso é uma área onde não podemos dispensar os equipamentos que temos”, completou o primeiro-ministro.

A cimeira de hoje “foi dominada” pela presença de Zelensky, que António Costa considerou ser “muito importante” não só para “reafirmar a condenação desta guerra injustificada”, mas também para alinhavar o “conjunto de requisitos que a Ucrânia necessita de preencher” para alicerçar a adesão à União Europeia.

Depois de quatro encontros multilaterais entre os 27 e o Presidente da Ucrânia, que perduraram por cerca de quatro horas, António Costa reconheceu que há “uma grande proximidade de posições” entre a União Europeia e o país que está a tentar vencer um conflito que a Rússia iniciou há quase um ano.

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