Em 2019, quase 1.800 mulheres foram assassinadas por homens

Perto de 1.800 mulheres foram assassinadas por homens nos Estados Unidos da América (EUA) em 2019, a maioria das vítimas morta com recurso a armas de fogo e por alguém que conheciam, revelou hoje um relatório.

Em 2019, quase 1.800 mulheres foram assassinadas por homens

Perto de 1.800 mulheres foram assassinadas por homens nos Estados Unidos da América (EUA) em 2019, a maioria das vítimas morta com recurso a armas de fogo e por alguém que conheciam, revelou hoje um relatório. Os dados são da responsabilidade da organização norte-americana Violence Policy Center (VPC) e precisam que, do total dos homicídios reportados, 91% foram cometidos por homens que tinham uma ligação com as vítimas.

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Assassino é geralmente um homem que as vítimas conhecem

Este relatório anual, que assinala a sua 24.ª edição, mostra “de forma consistente” que nos homicídios de mulheres cometidos por homens, o perpetrador é geralmente um homem que as vítimas conhecem e “muitas vezes” é o seu companheiro, segundo frisou a diretora da VPC, Kristen Rand. Anualmente, a VPC lança este relatório por ocasião do mês de consciencialização sobre a violência doméstica, assinalado em outubro.

Segundo explica a organização, os dados agora divulgados remetem apenas a 2019, o último ano em que há informações disponíveis, que foram obtidas a partir dos registos da polícia federal norte-americana (FBI). Ao longo das últimas duas décadas analisadas pela VPC, a taxa de mulheres mortas por homens em incidentes com uma única vítima e com um único agressor caiu de 1,57 por cada 100.000 mulheres em 1996 para 1,18 por cada 100.000 mulheres em 2019, um decréscimo de 25%. O valor mínimo foi registado em 2014, quando a taxa se situou nos 1,08 por cada 100.000 mulheres.

Em 2019, os Estados norte-americanos com a maior taxa de feminicídios foram o Alasca (5,14 homicídios por cada 100.000 mulheres), Novo México (2,64), Nevada (2,28), New Hampshire (2,19) e Louisiana (2,18). Do total de 1.795 mulheres assassinadas por homens em 2019 nos EUA, 1.166 eram brancas, 501 afro-americanas, 53 asiáticas ou das ilhas do Pacífico e 39 eram indígenas ou nativas do Alasca.  Em 36 casos, o grupo étnico ou racial da vítima não foi identificado. “Infelizmente, não se pode determinar a incidência destes casos na comunidade hispânica devido à falta de recolha de dados e relatórios adequados”, acrescentou a organização.

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