Bolsonaro começou a ser ouvido pela polícia sobre ataques em Brasília

O ex-presidente e líder da extrema-direita brasileira Jair Bolsonaro começou a ser ouvido hoje pela Polícia Federal sobre o seu papel nos ataques realizados por apoiantes seus às sedes dos três poderes, em 8 de janeiro, em Brasília.

Bolsonaro começou a ser ouvido pela polícia sobre ataques em Brasília

Um juiz do Supremo Tribunal Federal tinha ordenado, em meados de abril, a audição de Bolsonaro, que estava naquele dia em Orlando, nos Estados Unidos.

O ex-presidente sempre negou o seu envolvimento na tentativa de golpe perpetrada por apoiantes seus uma semana após a posse do atual chefe de Estado brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.

Bolsonaro, que regressou ao Brasil no final de março, após três meses nos EUA, chegou hoje de manhã às instalações da Polícia Federal em Brasília num veículo com vidros escuros e não fez declarações.

Bolsonaro tinha publicado um vídeo em 10 de janeiro, dois dias após os tumultos, a contestar o resultado da eleição e a vitória de Lula da Silva.

Apoiantes do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro invadiram e vandalizaram, em 8 de janeiro, as sedes do Supremo Tribunal Federal, do Congresso e do Palácio do Planalto, em Brasília, suscitando a condenação da comunidade internacional.

A invasão começou depois de militantes da extrema-direita brasileira apoiantes do anterior presidente, derrotado por Lula da Silva nas eleições de outubro passado, terem convocado um protesto para a Esplanada dos Ministérios para tentar derrubar o novo Governo.

Após os atos de vandalismo, o Supremo Tribunal Federal (STF) afastou o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, que já regressou ao cargo, considerando que tanto o governador como o ex-secretário de Segurança e antigo ministro da Justiça de Bolsonaro Anderson Torres, que está preso, terão atuado com negligência e omissão.

A justiça brasileira investiga Bolsonaro para esclarecer se teve participação na instigação dos atos golpistas, e também estão a ser investigados funcionários públicos e outras autoridades suspeitas de omissão ou de facilitação dos ataques.

 

CYR // JH

By Impala News / Lusa

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