Autárquicas: IL aberto a alianças com forças democráticas não socialistas

O presidente da Iniciativa Liberal declarou hoje, no Porto, que o partido está aberto a constituir alianças com outras forças democráticas não socialistas e que a Câmara de Lisboa é uma “boa hipótese” para testar essa aliança.

Autárquicas: IL aberto a alianças com forças democráticas não socialistas

O presidente da Iniciativa Liberal declarou hoje, no Porto, que o partido está aberto a constituir alianças com outras forças democráticas não socialistas e que a Câmara de Lisboa é uma “boa hipótese” para testar essa aliança.

“Fomos sozinhos a 46 concelhos deste país para um partido com menos de quatro anos de existência. Foi um esforço grande e foi uma grande vitória. Relativamente àquilo que pode constituir uma estratégia futura de alianças com outras forças democráticas não socialistas estamos abertos a esses entendimentos e será na Câmara de Lisboa uma boa hipótese de o testar, como já foi nos Açores depois das eleições regionais, como foi no ano passado”, declarou esta madrugada João Cotrim Figueiredo, na sede do partido Iniciativa Liberal (IL).

Cotrim recusou-se, contudo, a comentar os resultados eleitorais de Lisboa, por ainda não ter a confirmação desses resultados.

“Aqui não se trata de dar as mãos, trata-se de usar os votos, neste caso dos lisboetas para exercer a influência política que esses votos dão direito e há certamente medidas que no programa do doutor Carlos Moedas — que aproveito para saudar pela sua eleição como presidente da Câmara de Lisboa -, nas quais ele poderá contar com o voto favorável da Iniciativa Liberal”.

O presidente do IL acrescentou que “vão ser matérias para discutir nos próximos dias”. “O que posso dizer é que o IL terá na Câmara de Lisboa, como em todas as outras Câmaras, como no país, uma atitude construtiva no sentido de constituirmos alternativas aos poderes vigentes, nomeadamente ao Partido Socialista que hoje levou um revés significativo autárquico que, em nossa opinião, deve prenunciar um revês significativo à escala nacional. É para isso que vamos trabalhar com todas as forças democráticas e liberais que a isso estejam dispostas”.

João Cotrim Figueiredo deixou uma saudação particular a todos os candidatos da Iniciativa Liberal e todos os eleitos da Iniciativa Liberal pela primeira vez nesta campanha autárquica e embora tenha admitido que o partido não ganhou as eleições, “ganhou o futuro”.

“Que fique claro a Iniciativa Liberal não ganhou estas eleições, mas ganhou o futuro. O futuro é liberal, eu já tinha essa convicção, o que vocês fizeram nesta campanha e os resultados que hoje apresentamos dão-nos essa certeza. Pela adesão da juventude, pela adesão das camadas mais dinâmicas da nossa população, eu tenho a certeza que o futuro será liberal. Esse futuro começa já esta segunda-feira. Vamos preparar o partido para as próximas batalhas”.

Questionado sobre a leitura dos resultados do candidato à presidência da Câmara de Rui Moreira, Cotrim escusou-se a fazê-la, remetendo essa análise para o próprio candidato, mas frisou que qualquer derrota no Porto “não era uma derrota da Iniciativa Liberal”.

“Tive ocasião no princípio da noite de o ir saudar [Rui Moreira] e na altura quando me perguntaram se uma vitória no Porto era uma vitória da Iniciativa Liberal eu disse que não (…) e, portanto, qualquer derrota no Porto também não é uma derrota da Iniciativa Liberal”.

“O grande objetivo político de colocar as ideias liberais mais uma vez na agenda política, colocar novas figuras, novas caras, com novas ideias liberais na cena política, neste caso na cena autárquica foi plenamente atingido”, disse, acrescentando que o partido “cresceu em termos organizativos, em termos de mobilização, em termos de capacidade de atração e que tal será a “base do futuro crescimento” do partido e das “batalhas eleitorais que se vão travar no futuro”. Concorreram à presidência da Câmara do Porto Rui Moreira (movimento independente “Rui Moreira: Aqui há Porto” – apoiado por IL, CDS, Nós Cidadãos, MAIS -, Tiago Barbosa Ribeiro (PS), Vladimiro Feliz (PSD), Ilda Figueiredo (CDU), Sérgio Aires (BE), Bebiana Cunha (PAN), António Fonseca (Chega), Diogo Araújo Dantas (PPM), André Eira (Volt Portugal), Bruno Rebelo (Ergue-te), Diamantino Raposinho (Livre).

 

 

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