25 Abril: Chega diz que “de nada vale celebrar Abril” se justiça não funcionar

O presidente do Chega considerou hoje que “de nada vale celebrar Abril” se a justiça não funcionar, referindo o caso do antigo primeiro-ministro José Sócrates, e defendeu que os portugueses vivem um “dos momentos mais negros”.

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“De nada vale celebrar Abril se não concretizarmos aquilo que os portugueses mais esperam de nós, que a justiça verdadeiramente chegue a este país. E ela tarda tanto, tanto, tanto, que muitos já perderam a fé e a esperança”, afirmou.

André Ventura considerou necessário devolver a justiça a Portugal, sustentando que os portugueses “sabem que já não vale de nada celebrar, se a conta não chegar para o supermercado, se quando vão a tribunal perdem o ordenado para pagar custas judiciais, se quando chegam ao fim do mês têm a Autoridade Tributária a pedir impostos, mas veem que outros que nada pagam têm todas as benesses e benefícios do Estado”.

Antes, o líder do Chega referiu-se ao antigo primeiro-ministro José Sócrates como “suspeito de roubar os portugueses em milhões de euros milhões”, antecipando que “não irá provavelmente a julgamento”.

O dirigente do Chega disse que “quem roubou milhões anda de cravo ao peito, mas fica com os milhões na carteira”.

Ventura deixou também um “enorme aplauso, orgulho sentido e admiração aos valorosos juízes, procuradores, inspetores da PJ que, mesmo com todo o condicionamento, mesmo com todas as mordaças que o Governo quer pôr na justiça, não tiveram medo e no momento mais difícil levantaram-se para dizer que o lugar do ladrão é na prisão”.

Na sua intervenção, o presidente do Chega defendeu também que este é um “dos momentos mais negros dos portugueses” que “não conseguem pôr comida na mesa”.

André Ventura começou a sua intervenção referindo-se à cerimónia de boas-vindas ao Presidente do Brasil – durante a qual o Chega protestou -, reiterando que constituiu um “tremendo erro”.

“Normalizar a corrupção e branqueá-la, para nós, nunca será solução, esta casa não pode ser um circo de corrupção”, afirmou.

O presidente do Chega considerou também que “as mesmas autoridades portuguesas que enviaram material militar para a Ucrânia, que ouviram Zelensksy, receberam hoje, aqui, um Presidente que atacou a União Europeia por ajudar militarmente a Ucrânia”.

Ventura acusou o presidente da Assembleia da República e o Presidente da República de darem “a mão a Zelensky durante o dia e a mão a Lula e à China durante a noite”, classificando esta posição de “vergonha e hipocrisia tremenda”.

André Ventura discursou sem cravo ao peito, tal como se encontram os deputados da sua bancada, ao contrário da maioria dos deputados dos outros partidos.

Imediatamente antes e durante a intervenção do líder do Chega, alguns deputados do PS e do BE saíram do hemiciclo.

FM // JPS

By Impala News / Lusa

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