Partidos de coligações timorenses chumbadas pelo tribunal vão concorrer sozinhos

Os partidos políticos timorenses que integravam coligações pré-eleitorais às legislativas de 21 de maio, e que foram chumbadas pelo Tribunal de Recurso, estão a preparar documentação para se apresentarem individualmente ao voto

Partidos de coligações timorenses chumbadas pelo tribunal vão concorrer sozinhos

Partidos de coligações timorenses chumbadas pelo tribunal vão concorrer sozinhos

Os partidos políticos timorenses que integravam coligações pré-eleitorais às legislativas de 21 de maio, e que foram chumbadas pelo Tribunal de Recurso, estão a preparar documentação para se apresentarem individualmente ao voto

Responsáveis de vários dos partidos políticos envolvidos nas três coligações pré-eleitorais chumbadas pelo plenário do Tribunal, ouvidos pela Lusa, explicaram que as direções estão a acelerar o processo, antes do fim do prazo, hoje.

“Vamos apresentar candidaturas individuais”, confirmou à Lusa Gally Araújo, secretário-geral de uma das coligações, a Frente Ampla Democrática (FAD).

A decisão terá de ser tomada de forma urgente já que hoje termina o prazo para a apresentação das candidaturas ao Tribunal de Recurso, que deliberou já sobre as coligações.

Em duas das decisões — referentes à coligação Aliança Democrática (AD) e à coligação PDRT-APMT, ambas de dois partidos cada — o Tribunal considera-as improcedentes já que em cada caso um dos partidos perdeu o seu estatuto como partido político.

Nesta situação estão o Partido Desenvolvimento Popular (PDP) – que integrava a AD — e o Partido Democrático da República de Timor (PDRT), em coligação com a Associação Popular Monarquia Timorense (APMT).

Tanto a APMT como o Partido Liberta Povo Aileba (PLPA), que estava na AD, podem candidatar-se individualmente ao voto, se assim o desejarem.

A terceira decisão afeta a maior coligação pré-eleitoral, a Frente Ampla Democrática (FAD), que reunia inicialmente quatro partidos: a União Democrática Timorense (UDT), a Frente Mudança (FM), o Centro de Ação Social Democrata Timorense (CASDT) e o Partido Desenvolvimento Nacional (PDN).

Na terça-feira, o próprio PDN ‘saltou’ da coligação, apresentando separadamente uma candidatura própria ao Tribunal de Recurso, com o TR a determinar que a coligação não era válida, visto o PDN não ter aprovado a aliança em congresso ou conferência nacional.

Tendo em conta o historial de votos dos quatro partidos, a coligação era a que teria mais hipótese de ultrapassar a barreira de um mínimo de 4% dos votos válidos necessária para eleger deputados.

Com as decisões hoje conhecidas, será a primeira vez em várias eleições legislativas no país que não haverá qualquer coligação pré-eleitoral candidata, já que o prazo para a constituição de coligações partidárias e a sua comunicação à Comissão Nacional de Eleições (CNE) terminou a 05 de março.

 

ASP // VQ

By Impala News / Lusa

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