Maria matou Diogo como vingança. “Eu não o queria assassinar mas sim humilhá-lo”

Esta sexta-feira dia 26 de fevereiro, foram ouvidas s declarações de Maria em primeiro interrogatório. Nela, a jovem revela que conheceu Diogo em 2019 e que estando ele emocionalmente interessado nesta, ela lhe revelou que não estava interessada em homens.

Maria matou Diogo como vingança.

A primeira sessão do julgamento de Maria e Mariana, na passada quarta-feira, ficou marcada por contradições de Mariana. Já Maria remeteu-se ao silêncio.

A advogada de Maria, Tânia Reis – a mesma que representa Rosa Grilo- pediu escusa por problemas de saúde e foi nomeado um advogado oficioso.

Esta sexta-feira dia 26 de fevereiro, foram ouvidas s declarações de Maria em primeiro interrogatório. Nela, a jovem revela que conheceu Diogo em 2019 e que estando ele emocionalmente interessado nesta, ela lhe revelou que não estava interessada em homens.

“Deixei claro que só tinha uma relação de amizade com o Diogo mas ele colocou-me a mão na perna e eu disse-lhe que não estava interessada em homens”, diz, acrescentando: “atirou-me para cima da cama e colocou uma das mãos dentro das minhas calças”.

“Senti-me humilhada naquele dia e não consegui ultrapassar aquela situação”, confessa Maria Malveiro à data do primeiro interrogatório. A jovem conta então que nessa data, dias antes do crime, a vítima lhe enviava mensagens todos os dias.

Os dois trabalhavam no mesmo hotel e Digo terá revelado aos colegas que ia receber uma indemnização avultada.  “Eu não o queria assassinar mas sim humilhá-lo”, admite.

Maria descreve como desmembrou Diogo

Maria descreve o encontro com Diogo e como o drogou com um fármaco dissolvido num sumo. Enquanto isto, Mariana estaria no carro.

“Depois do almoço peguei numa cadeira e disse para ele se sentar e amarrei-o com as braçadeiras. Fui ao carro dizer à Mariana que estava tudo bem e ela quis entrar comigo. Viu-o preso”, conta.

“Fiz-lhe um mata leão como aprendi no curso de segurança mas ele deu luta. Ele caiu no chão e eu comecei a sufocá-lo porque a Mariana estava ali presente. Comecei a fazer manobras de reanimação mas no sitio errado. Depois a Mariana ajudou-me e conseguiu reanimá-lo. Quando acordou agarrou no braço dela e com o braço livre acertou-me. Perdi o bom senso e civismo e voltei a sufocá-lo”, declara.

Maria revela que quando Mariana declarou o jovem morto, não chamou as autoridades porque não queria estragar a vida da namorada.

“Fui ao carro buscar a faca e coloquei papel debaixo da mão dele e comecei a cortar o polegar dele. Para minha surpresa consegui…”, confessa, acrescentando: “Consegui cortar o polegar e o indicador que eram os dois que ele usava para desbloquear o telemóvel. Para um telemóvel era o polegar e para o outro era o indicador. A Mariana estava em choque.”, disse ainda.

Maria prossegue e explica como desmembrou o corpo. “O plano inicial era arrancar-lhe os dentes”. “Era uma coisa de cultura geral. Como a língua dele estava para fora coloquei de parte a ideia de lhe arrancar os dentes. Tinha os resguardos da cadela e coloquei no chão. Cortei a cabeça dele por cima dos sacos. Pedi a Mariana para ficar a acender a luz da garagem que estava sempre a desligar. Eu sei que foi macabro mas estou arrependida para o resto da vida”.

São ouvidas as primeiras declarações de Maria

Também é reproduzido o áudio do primeiro interrogatório judicial de Mariana Fonseca, prestado perante o juiz de instrução.

“Disse-me que ia prender uma pessoa que não tinha pais para a ameaçar e sacar dinheiro. Eu arranjava ampolas de diazepan para ela dormir. No dia em que o Diogo faleceu meteu uma corda no carro.  Senti-me obrigada a ir porque ele podia fazer-lhe mal. Fiquei no carro e ela foi lá para dentro. Passaram várias horas e ela veio cá fora. Depois eu entrei e já o vi no chão com uma cadeira partida. Ela estava em cima dele a fazer-lhe um golpe. Fiz compressões para ele reanimar e ele acordou”, ouve-se.

“Colocou os dedos num envelope e pediu-me ajuda para colocar o corpo em cima de uma cadeira com rodas”, relata, revelando que mais tarde usaram os dedos para desbloquear o telemóvel da vítima e enviar mensagens aos amigos, dando a entender que Diogo se tinha ido embora.

Mariana revela ainda que foi Maria quem desmembrou o corpo e os locais onde o deixaram.

 

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