Mãe de Beatriz Lebre reage ao assassinato de Bruno Candé

“Neste país não racista e não machista tem que se encontrar qualquer falha, qualquer imperfeição, qualquer pecado no comportamento da vítima, que tenha originado o seu próprio homicídio por um agressor”, começa por escrever.

Paula Bochecha Lebre, mãe de Beatriz Lebre, a jovem assassinada pelo colega de curso, comentou uma publicação feita por Nuno Markl, no Instagram sobre o homicídio de Bruno Candé. No comentário deu conta das reações aos crimes violentos, encontrando similaridades entre o crime da filha e do ator.

“Neste país não racista e não machista tem que se encontrar qualquer falha, qualquer imperfeição, qualquer pecado no comportamento da vítima, que tenha originado o seu próprio homicídio por um agressor”, começa por escrever.

“Neste Portugal não racista e não machista demasiadas vezes há pena de morte das vítimas já assassinadas. Foi o que aconteceu com a minha filha, Beatriz Lebre, nas primeiras notícias, antes de a conhecerem”, terminou, recordando a filha.

O comentário foi feito numa primeira publicação de Nuno Markl, mas o humorista, horas mais tarde, deu destaque ao comentário.

“Incrível depoimento da Paula Lebre, mãe da Beatriz, a jovem recentemente assassinada. Ela tem razão, e sabe do que fala. Há gente demais, neste país, a achar que se alguém foi morto é porque, se calhar, também teve culpas no cartório. Muita gente com mais compreensão e empatia para com o agressor do que para com a vítima. Deve ser a isto que se chama “os brandos costumes”, escreveu.

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