Líder da IURD pede «jejum de notícias» a fiéis

O líder máximo da Igreja Universal do Reino de Deus – IURD anunciou a todos os fiéis que deveriam preparar-se para um «sacrifício de 21 dias», onde não poderão ter acesso a qualquer tipo de informação.

Líder da IURD pede «jejum de notícias» a fiéis

O líder e fundador da Igreja Universal do Reino de Deus – IURD,  Edir Marced decretou esta quinta-feira, dia 18 de janeiro, a realização de um jejum a todos os fiéis, durante 21 dias, de «informação secular».

O anúncio foi feito através da rubrica «Palavra Amiga do Bispo Macedo» divulgada através da conta do youtube de Edir Macedo. Chamado «Jejum de Daniel», o «sacrifício de 21 dias» está previsto para decorrer entre 25 de janeiro e 14 de fevereiro.

De acordo a explicação dada na rubrica, os fiéis deverão realizar «um jejum de 21 dias» de informação, literatura, desporto, e entretenimento. Apenas é permitido ler «livros genuinamente cristãos». O desafio tem como objetivo «purificar».

«Vamos deixar os nossos pensamentos serem invadidos apenas pelos pensamentos de Deus. (…) Vamos pensar sobre as coisas de Deus. Vamos conversar sobre as coisas de Deus. Vamos sonhar sobre as coisas de Deus», explica Edir Marcedo, num vídeo, com cerca de 45 minutos.

Leia mais: PGR diz que não detetou circunstâncias “menos claras” nas adoções da IURD

«O Segredo dos Deuses»

A TVI exibiu uma série de reportagens denominadas «O Segredo dos Deuses», na qual noticiou que a IURD esteve alegadamente relacionada com o rapto e tráfico de crianças nascidas em Portugal.

Os supostos crimes terão acontecido na década de 1990, com crianças levadas de um lar em Lisboa, que teria alimentado um esquema de adoções ilegais em benefício de famílias ligadas à IURD que moravam no Brasil e nos Estados Unidos.

Segundo informações avançadas pela TVI, a IURD tem atualmente nove milhões de fiéis, espalhados por 182 países, 320 bispos e cerca de 14 mil pastores.

A IURD já refutou as acusações de rapto e de um esquema de adoção ilegal de crianças portuguesas e considera-as fruto de «uma campanha difamatória e mentirosa».

Leia ainda: Investigação da TVI diz que ‘netos’ de líder da IURD foram roubados em Portugal

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