Governo afasta responsável pela linha Saúde24

Henrique Martins, presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, entidade responsável pela Linha SNS24, foi demitido pelo Governo. Será substituído pelo antigo secretário de Estado, Luís Goes Pinheiro.

Governo afasta responsável pela linha Saúde24

O presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), Henrique Martins, — entidade responsável pela Linha SNS24 — foi afastado pelo Governo, avança o Observador. O despedimento acontece no mesmo dia em que veio a público que a Linha SNS24 não atendeu 25% das chamadas realizadas a 2 de março, quando foram confirmados os dois primeiros casos de Covid-19 em Portugal. Henrique será substituído por Luís Goes Pinheiro, antigo secretário de Estado Adjunto e da Modernização Administrativa.

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Cerca de um quarto do total de chamadas ficou por atender, uma vez que os utentes desistiram antes de serem atendidos, revela o Público. Em 13.532 chamadas registadas na linha telefónica do SNS24 – Serviço Nacional de Saúde, que funciona 24 horas por dia, 3569 não foram atendidas por incapacidade dos operacionais de serviço, que são enfermeiros.

A linha atingiu um máximo histórico na segunda-feira, dia em que foram confirmados os dois primeiros casos de Covid-19 no país.

Linha para orientar médicos funciona ainda pior

Para além da linha SNS 24, há uma outra direccionada para orientar médicos. Segundo o mesmo jornal, funciona ainda pior.
Na Linha de Apoio ao Médico há médicos que aguardam várias horas para serem atendidos, outros que insistem dezenas de vezes, todos sem resposta. Há doentes que se cansam e se vão embora, relata ainda o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Roque da Cunha.

A ministra da Saúde reconheceu o problema, e na quarta-feira, em pleno Parlamento, anunciou que esta linha de apoio aos médicos “vai ser reforçada”, sendo que já estão a “trabalhar com médicos que se voluntariaram para receber a formação necessária” para desempenhar esta tarefa. Marta Temido defendeu ainda que os médicos que estão nesta linha não podem desempenhar outras atividades.

A Administração Regional e Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS-LVT) pedia, a semana passada, com “urgência” que fosse recrutado mais recursos para a Linha de Apoio ao Médico (LAM) e mais enfermeiros para a SNS 24.

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