Ex-chefe de gabinete de ministro socialista alvo de buscas por tráfico de influências e corrupção

A Polícia Judiciária está hoje a realizar 10 buscas em Penafiel e Guimarães por suspeitas de tráfico de influências e corrupção, sendo um dos visados o antigo chefe de gabinete do anterior Governo socialista, Nuno Araújo

Ex-chefe de gabinete de ministro socialista alvo de buscas por tráfico de influências e corrupção

Um ex-chefe de gabinete do anterior Governo socialista foi, esta terça-feira, alvo de buscas por parte do Ministério Público e da Polícia Judiciária. Segundo apurou o JN, trata-se de Nuno Araújo, antigo chefe de gabinete de Pedro Nuno Santos e atual presidente do Conselho de Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL). Não houve buscas nesta instituição. Em causa, estão suspeitas da prática de crimes de corrupção e tráfico de influências em matérias relacionadas com contratação pública para municípios.

Investigam-se factos relacionados com a celebração, por ajuste direto, de aquisição de serviços entre uma sociedade comercial e os referidos municípios e a empresa pública.

“No âmbito de inquérito dirigido pelo Ministério Público do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), no qual se investigam factos suscetíveis de integrarem a prática de crimes de tráfico de influências e/ou corrupção, estão a decorrer, no dia de hoje, dez buscas”, refere uma nota publicada na página da Internet do DCIAP.

Segundo o Ministério Público (MP), as diligências, a cargo da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da PJ, decorrem na sede de uma sociedade comercial, em departamentos de contratação pública de diversos municípios, numa empresa pública de gestão de águas e em habitações nas zonas de Penafiel e Guimarães.

O MP avança que no inquérito investigam-se “factos relacionados com a celebração, por ajuste direto, de aquisição de serviços entre uma sociedade comercial e os referidos municípios e a empresa pública”. “À data, a sociedade adjudicatária seria gerida e controlada de facto pelo sócio-gerente anterior, o qual exercia então funções de chefe de gabinete ministerial”, refere o MP, sem precisar o nome. O MP indica ainda que este antigo chefe de gabinete ministerial “usaria a sua influência decorrente do cargo para conseguir a celebração por ajuste direto, tirando benefícios monetários através de outra sociedade comercial, que igualmente controlava”.

 

 

Impala Instagram


RELACIONADOS