Estado de Emergência chegou tarde e mortalidade do Coronavírus assusta portugueses, diz estudo

Um estudo sobre o impacto do Cornavírus realizado pela Marktest revela como os portugueses estão a encarar esta nova realidade. A maioria dos inquiridos teme mais a taxa de mortalidade do Coronavírus do que perder o seu posto de trabalho e considera tardia a entrada do país em Estado de Emergência.

O Estado de emergência não só não assusta os portugueses como esta medida deveria ter sido tomada há mais tempo. Estas são algumas das conclusões de um estudo que a Marktest realizou a portugueses de várias idades e cujo resultado é agora publicado.

A esmagadora maioria dos inquiridos (90%) considera que Marcelo Rebelo de Sousa esteve bem ao declarar o Estado de Emergência.

Contudo, quando a pergunta é se esta tomada de decisão deveria ter sido tomada há mais tempo, as respostas dividem-se e 52, 1% dos inquiridos acham que é tardia. Aliás, é na faixa etária 18/34 anos que os inquiridos se manifestam mais contra a perda de tempo na tomada de decisão.

32,9% dos inquiridos vão continuar a deslocar-se para o trabalho apesar do Estado de Emergência

Sobre as implicações que o atual momento está a ter na atividade laboral dos portugueses, 32,9 dos inquiridos diz que, apesar do Estado de Emergência, vai continuar no seu posto de trabalho. Já 29,6 dizem que pouco ou nada afeta a sua profissão, porque já se encontravam em teletrabalho. Apenas 14,4% dos inquiridos dizem sofrer as consequências do Estado de Emergência e ter de parar de trabalhar por força da mesma.

À pergunta sobre quais as expectativas face à duração da atual situação, as opiniões dividem-se. 34,3% acha que ainda vamos ter mais 1 a 2 meses a lidar com o problema. 30,8% é da opinião que será preciso mais tempo e 25,6% defende que serão precisos mais de três meses para lidar com a pandemia COVID-19.

Ainda assim há 0,6% de otimistas que não dão mais de duas semanas até tudo começar a voltar ao normal.

Falência do Sistema Nacional de Saúde assusta 19,5% das pessoas consultadas no estudo

Por fim, os portugueses mostram mais respeito pela mortalidade do vírus do que pela manutenção do seu posto de trabalho. Entre os maiores receios do que estamos a viver atualmente, 35% dos inquiridos refere a taxa de mortalidade deste vírus. Já 20% teme a falência da economia Mundial e 19,5% que o Sistema Nacional de Saúde entre em falência.

No total de inquiridos, o medo de perder o seu emprego é neste momento muito baixo e apenas 3,6% refere esse aspeto como aquilo que mais teme.

Esta sondagem foi realizada pela Marktest, através de CAWI (Computer Assisted Web Intereview), junto de uma amostra de 501 inquiridos, com mais de 18 anos , residentes em Portugal Continental.

Textos: Luís Correia; Fotos Impala

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