O ministro da Administração Interna referiu esta segunda-feira, 6 de abril, que no período da Páscoa as autoridades vão estar nas ruas a fiscalizar as deslocações dos portugueses. «Vamos ter nas ruas 35 mil efetivos”, entre GNR, PSP e SEF, afirmou Eduardo Cabrita em declarações à Renascença. «Vão funcionar em regras de espelho, com alteração do sistema de turnos, de modo a tentar garantir o mínimo de contacto e o máximo de operacionalidade», disse.

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Eduardo Cabrita revelou que já foram fiscalizados 132 mil condutores nas fronteiras com Espanha: “Queremos que as mercadorias circulem, isso é fundamental”, assim como as pessoas que têm de se deslocar para trabalhar.

Desde as 00h000 do dia 3 de abril até ‪às 17h00 de domingo, 5 de abril, foram detidas 14 pessoas por crime de desobediência, designadamente por violação da obrigação de confinamento obrigatório e por outras situações de desobediência ou resistência. No mesmo período, foram encerrados 121 estabelecimentos por incumprimento das normas estabelecidas.

Sobre o SEF

Sem concretizar, o ministro adiantou que haverá mudanças no plano da organização do modelo de funcionamento Centro de Instalação Temporária do Serviço Estrangeiros e Fronteiras (SEF) no aeroporto de Lisboa, onde o cidadão ucraniano morreu alegadamente após a agressão por inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

“As decisões administrativas foram tomadas de imediato e haverá mudanças profundas daquilo que é o funcionamento dessa estrutura para pessoas que são impedidas de entrar no país”, disse. “Este é um caso inaceitável e é uma vergonha para um país que é um exemplo de como bem tratar migrantes, bem acolher”, disse Eduardo Cabrita à Renascença.

“Há 100 agentes infetados”

Eduardo Cabrita contou também que o número de casos positivos de covid-19 identificados em agentes da PSP não coloca em causa a operacionalidade das forças de segurança.

“Há 100 agentes infetados, entre efetivos da PSP e da GNR. Temos um sistema de prioridade em testes que permite rapidamente despistar os contactos desses agentes. Tal determinava a colocação em inoperacionalidade de 630 militares e agentes”, disse.

Texto: Carla S. Rodrigues com Lusa

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