Wall Street fecha melhor semana do ano com arrefecimento do mercado laboral

A bolsa nova-iorquina fechou hoje em alta a melhor semana do ano, graças ao arrefecimento do mercado laboral, que leva os investidores a pensar que a Reserva Federal acabou com as subidas da taxa de juro de referência.

Wall Street fecha melhor semana do ano com arrefecimento do mercado laboral

Wall Street fecha melhor semana do ano com arrefecimento do mercado laboral

A bolsa nova-iorquina fechou hoje em alta a melhor semana do ano, graças ao arrefecimento do mercado laboral, que leva os investidores a pensar que a Reserva Federal acabou com as subidas da taxa de juro de referência.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average avançou 0,66%, o tecnológico Nasdaq progrediu 1,38% e o alargado S&P500 valorizou 0,94%.

No conjunto da semana, estes índices apresentam o seu melhor ganho semanal desde outubro de 2022, com o Dow Jones a avançar mais de cinco por cento, enquanto os outros subiram mais de seis por cento.

O mercado acionista foi apoiado pela queda dos rendimentos obrigacionistas, que acelerou na quarta-feira com a pausa na subida da taxa de juro por parte da Reserva Federal (Fed) e, depois, hoje depois da divulgação dos números sobre o emprego nos EUA.

O Departamento do Trabalho publicou um crescimento de 150 mil empregos em outubro, abaixo dos 175 mil previstos pelos economistas e quase metade dos 297 mil registados no mês anterior.

A taxa de desemprego estabeleceu-se em 3,9%, em alta de 0,1 pontos percentuais.

“Com o crescimento dos salários a enfraquecer, é difícil imaginar a Fed a subir mais a taxa de juro”, comentou Andrew Hunter, da Capital Economics.

O custo do salário horário aumentou 0,2%, abaixo do esperado.

A alteração de tendência nos rendimentos obrigacionistas foi um fator crucial na subida das ações verificada esta semana.

“Os rendimentos dos títulos a dois anos caíram fortemente”, para 4,83% dos 4,98% de quinta-feira, “o que muda radicalmente o dado, em termos de expectativa dos investidores sobre a evolução das taxas”, disse Steve Sosnick, da Interactive Brokers.

Isto quer dizer que “não há praticamente qualquer hipótese de as taxas voltarem a subir”, explicitou.

Com efeito, as probabilidades atribuídas a uma subida da taxa de juro de referência pela Fed na sua reunião de política monetária marcada para dezembro baixaram para cinco por cento, dos 20% em que estavam antes da reunião do Comité de Política Monetária (FOMC, na sigla em Inglês), de quarta-feira, segundo os cálculos da CME sobre os produtos derivados.

RN // RBF

By Impala News / Lusa

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