Wall Street fecha em baixa arrastada pelo setor tecnológico

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em baixa, no seguimento de resultados dececionantes no setor da tecnologia e com os investidores receosos de um arrefecimento da economia dos EUA, depois de um terceiro trimestre forte.

Wall Street fecha em baixa arrastada pelo setor tecnológico

Wall Street fecha em baixa arrastada pelo setor tecnológico

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em baixa, no seguimento de resultados dececionantes no setor da tecnologia e com os investidores receosos de um arrefecimento da economia dos EUA, depois de um terceiro trimestre forte.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Do Jones Industrial Average cedeu 0,76%, o alargado S&P500 recuou 1,18% e o tecnológico Nasdaq caiu 1,76%.

Este índice agravou a sua presença em território negativo, arrastado em particular pelos números da Alphabet.

A ‘holding’ [empresa de controlo] da Google, cuja ação tinha desvalorizado na quarta-feira mais de nove por cento, depois de anunciar uma atividade fraca na ‘cloud’ [informática à distância] no terceiro trimestre, voltou hoje a recuar, desta vez mais 2,55%.

E a Microsoft, apesar de apresentar um melhor desempenho no prometedor segmento da informática à distância, fechou hoje a perder 3,75%.

Já a Meta, que controla redes sociais, como a Facebook, desvalorizou hoje 3,73%, apesar de ter apresentado resultados satisfatórios na véspera, no seguimento dos avisos que fez sobre a possibilidade de os riscos geopolíticos afetarem o mercado da publicidade.

Pelo contrário, a Amazon, que acabou hoje a recuar 1,50%, apresentou resultados depois do fecho da sessão, considerados muito positivos.

Os lucros de 9,9 mil milhões de lucros que apresentou no terceiro trimestre triplicaram os do verão de 2022 e superaram em três mil milhões a expectativa dos investidores, graças a uma forte recuperação das vendas na sua plataforma.

Também acima das previsões saíram as suas vendas, que subiram 13% para os 143 mil milhões de dólares.

Além destes resultados, os investidores estiveram a digerir o número mirífico do crescimento da economia nos EUA no terceiro trimestre, que foi de 4,9%, em termos anualizados.

Porém, como resumiu Patrick O’Hare, da Briefing.com, “isto vai ser o melhor que vamos ter”.

Este analista acrescentou que já há “sinais pontuais de diminuição do crescimento”.

Hugh Johnson, da Hugh Johnson Economics, avançou mesmo, à AFP, que “o número do crescimento foi um pouco mais forte do que previsto, mas era esperado tal como o dinamismo da procura”.

Mas, avisou, “a razão pela qual os investidores estão com dificuldades é a inquietação com o quarto trimestre e os dois primeiros do próximo ano”.

Na sua opinião, detalhou, “tudo vai perder velocidade, a começar pelo emprego, desde outubro”. Na próxima semana vão ser divulgados os números do emprego.

“O que importa não é o que passou”, disse, aludindo a um terceiro trimestre considerado bom pelos investidores, “mas o que vamos encontrar”, resumiu.

Os investidores estão assim a colocar-se em posições defensivas.

Na Europa, o banco central começou a alterar o rumo da sua política, com a presidente, Christine Lagarde, a evocar várias vezes o enfraquecimento da economia da Zona Euro, como que a justificar o facto de hoje, e pela primeira vez desde julho de 2022, ter deixado a taxa de juro de referência inalterada.

 

RN // RBF

By Impala News / Lusa

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