UnionPay ultrapassa Visa em percentagem de transações globais com cartão de débito

A UnionPay, a maior empresa de cartões de pagamento da China, ultrapassou o Visa pela primeira vez, em 2022, assegurando 40,03% das transações globais com cartões de débito.

UnionPay ultrapassa Visa em percentagem de transações globais com cartão de débito

Os cartões de débito da UnionPay somaram uma participação de mercado de 40,03%, ultrapassando o sistema de pagamentos Visa, que se fixou em 38,78%, de acordo com um relatório do Nilson Report, citado pelo jornal oficial chinês Global Times.

As transações com cartões de débito representaram 63,88% de todas as transações de compra realizadas em 2022, refletindo a crescente preferência dos consumidores por essa forma de pagamento.

A UnionPay, cujos cartões em Portugal são emitidos pelo banco Millennium bcp, manteve a sua posição como líder em gastos com bens e serviços por meio de cartões de débito por dez anos consecutivos.

A participação de mercado do Visa em transações com cartões de débito tem diminuído constantemente, caindo de 80%, em 2011, para 39,53%, em 2021, de acordo com os dados do relatório, em contraste com o aumento de quase zero para 38,68% da UnionPay, no mesmo período de tempo.

A subsidiária da UnionPay, a UnionPay International, estabeleceu parcerias estratégicas com mais de 2.500 instituições financeiras em todo o mundo, permitindo que a empresa expandisse a utilização dos seus cartões em 181 países e regiões.

A moeda chinesa, o yuan, passou também por um processo gradual de internacionalização, tornando-se a quinta moeda de pagamento mais utilizada, a terceira mais usada em liquidações comerciais e a quinta maior moeda de reserva.

No mês passado, o yuan superou o dólar norte-americano nas transações transfronteiriças da China pela primeira vez, atingindo a sua maior participação histórica, de 48%, enquanto o uso do dólar caiu para 47%.

Em 2010, a China dependia quase exclusivamente do dólar para esse tipo de operação, com um uso de 83%.

A China quer aumentar o uso do yuan em transações transfronteiriças e estabeleceu acordos com Brasil, Chile, Argentina, Arábia Saudita e Rússia para promover a participação da sua moeda no comércio mundial, que atualmente está em 2,3%, de acordo com o sistema Swift.

JPI // CSJ

By Impala News / Lusa

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