Ucrânia: G7 quer impedir uso de criptomoedas para contornar sanções

Os países do G7 estão a procurar maneiras de impedir que pessoas ou empresas alvo das sanções contra a Rússia usem criptomoedas para contornar as medidas adotadas, afirmou hoje o ministro das Finanças alemão, Christian Lindner.

Ucrânia: G7 quer impedir uso de criptomoedas para contornar sanções

“Devemos também tomar medidas para impedir que indivíduos e instituições listadas mudem para criptomoedas não regulamentadas. Também trabalhamos nisso no quadro da presidência alemã do G7”, acrescentou Lindner, citado em comunicado. Desde que os Estados Unidos e os seus aliados ocidentais implementaram uma série de sanções dirigidas ao setor bancário e à moeda russa, após a invasão da Ucrânia na semana passada, as compras de criptomoedas em rublos atingiram um nível recorde. Os russos migraram para criptoativos na esperança de encontrar um porto seguro, como a ‘bitcoin’, que opera numa rede descentralizada.

Com efeito, nenhuma entidade central pode ser sancionada e impedir o acesso dos utilizadores aos critpoativos. O ministro alemão não detalhou que medidas foram planeadas para limitar o recurso a estas moedas digitais. Os governos poderiam, inicialmente, pedir às plataformas que limitassem o acesso a certos utilizadores, como a Ucrânia fez recentemente em contas russas. A utilização de criptomoedas para contornar sanções económicas tem precedentes, na Coreia do Norte ou no Irão, dois países sob um regime severo de sanções.

Próximos dias trazem novas sanções contra a Rússia

Os líderes ocidentais anunciaram sanções adicionais para os próximos dias contra a Rússia, que visam isolar económica e financeiramente. Entre as várias sanções já impostas estão a exclusão de várias instituições bancárias e financeiras do sistema interbancário internacional SWIFT ou o bloqueio dos ativos do Banco Central da Rússia, que contribuiu para o colapso do rublo. O Presidente russo, “Vladimir Putin, deve entender o caminho errado que tomou”, acrescentou Lindner, no comunicado após uma reunião entre os ministros das Finanças europeus (Ecofin).

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