Só um terço dos trabalhadores portugueses mantêm situação prévia à covid-19

Quase 60% da população ativa está a sofrer redução de rendimentos devido à perda de emprego ou à diminuição do trabalho como consequência da covid-19.

Só um terço dos trabalhadores portugueses mantêm situação prévia à covid-19

Praticamente 60% da população ativa está a sofrer redução de rendimentos devido à perda de emprego ou à diminuição do trabalho como consequência da covid-19, segundo os resultados de um inquérito publicado hoje pela Deco Proteste. Segundo o inquérito da Deco – Associação de Defesa do Consumidor, a vaga de desemprego causada pela crise relacionada com a pandemia tem atingido três vezes mais mulheres (13%) do que homens (4%). «Uma em cada 10 famílias viu, pelo menos, um dos elementos perder o trabalho» e «até ao momento, 4% dos agregados têm os dois membros do casal sem atividade profissional», conclui o estudo.

Apenas 35% dos trabalhadores com horário de trabalho igual ao que tinham antes da pandemia da covid-19

O estudo mostra que 35% dos trabalhadores – pouco mais do um terço da população ativa – mantêm o horário de trabalho, 30% estão temporariamente inativos, por exemplo, em lay-off (suspensão do contrato), enquanto 19% viram o seu horário reduzir-se, 9% perderam o emprego e apenas 7% estão a trabalhar mais horas. Dos que continuam a trabalhar, três em cada 10 fazem-no sempre a partir de casa, em teletrabalho, e cerca de um quinto (19%) labora parcialmente nestas condições – por exemplo, algumas empresas têm equipas rotativas em teletrabalho.

Teletrabalho «melhora» níveis de atividade e de equilíbrio entre vidas profissional e pessoal

Por seu lado, mais de metade (51%) dos que trabalham não estão em regime de teletrabalho. «A maioria dos teletrabalhadores diz que a nova forma de trabalhar não altera, ou até melhora, os níveis de atividade, bem como o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal», conclui a Deco. Contudo, 38% dos inquiridos em teletrabalho indica que a sua concentração diminuiu e 37% consideram-se menos eficientes nos casos em que há crianças e jovens em casa.

O inquérito da Deco foi realizado entre 17 e 20 de abril através de questionário online. A associação recebeu 1.008 respostas e segue-se a um outro, publicado em meados de março, que concluía que o prejuízo total das famílias já rondava naquela altura os 1,4 mil milhões de euros.

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