Petroquímica brasileira Braskem com perdas de 460M de euros no terceiro trimestre

A petroquímica brasileira Braskem registou perdas de 2,4 mil milhões de reais (460 milhões de euros) no terceiro trimestre, segundo o balanço financeiro divulgado hoje pela empresa.

Petroquímica brasileira Braskem com perdas de 460M de euros no terceiro trimestre

Petroquímica brasileira Braskem com perdas de 460M de euros no terceiro trimestre

A petroquímica brasileira Braskem registou perdas de 2,4 mil milhões de reais (460 milhões de euros) no terceiro trimestre, segundo o balanço financeiro divulgado hoje pela empresa.

Num comunicado enviado à Bolsa de Valores de São Paulo, a empresa explicou que o resultado foi influenciado por uma procura “global que continua em níveis historicamente baixos”, devido ao “menor consumo, resultado de altas taxas de juros e pressões inflacionárias”.

A empresa acrescentou que a desaceleração industrial ocorrida nas principais economias do planeta, como a zona euro, a China e os Estados Unidos, se refletiu negativamente nas suas operações no período.

Nesse contexto, a Braskem acumulou prejuízos líquidos de 3 mil milhões de reais (572 milhões de euros) entre janeiro e setembro, perante lucros de 1,3 mil milhões de reais (248 milhões de euros) reportados no mesmo período de 2022.

O fluxo de caixa, medido pelo EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente, excluindo efeitos extraordinários, totalizou 2,7 mil milhões de reais (515 milhões de euros) até setembro, montante 75% menor na comparação anual.

Só no terceiro trimestre, o EBITDA recorrente caiu 53% face ao mesmo período do ano passado, atingindo 921 milhões de reais (175,6 milhões de euros).

A faturação trimestral de vendas da empresa caiu 34%, para 16,6 mil milhões de reais (3,1 mil milhões de euros).

Nos primeiros nove meses do ano, a queda na receita foi semelhante (-31%), totalizando 53,8 mil milhões de reais (10,2 mil milhões de euros).

A Braskem indicou que, entre janeiro e setembro, “as importações brasileiras de produtos químicos aumentaram e levaram a produção química nacional ao nível mais baixo em 17 anos”.

A empresa realçou, também, que os dados operacionais das suas unidades no Brasil e no México foram afetados por “instabilidades operacionais derivadas de fatores externos”, como “quedas de energia” e às “suspensões não programadas de clientes importantes”.

CYR // MLL

By Impala News / Lusa

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