Ministro dos Recursos Minerais angolano incentiva produção de ouro com criação de refinaria

O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás angolano disse hoje, em Cabinda, que conta com o projeto aurífero Buco Zau para alimentar a futura refinaria de ouro que Angola pretende construir para refinar esse mineral no país.

Ministro dos Recursos Minerais angolano incentiva produção de ouro com criação de refinaria

Diamantino Azevedo falava na cerimónia de inauguração do projeto aurífero Buco Zau, um projeto de ouro, promovido pela empresa angolana Mineração Buco Zau, localizado na província de Cabinda, norte de Angola, com capacidade instalada de lavaria de 150 toneladas/hora.

“O ministério está também empenhado, para além da promoção de mais projetos de ouro, em criar uma refinaria de ouro, para que possamos começar a refinar o ouro aqui no nosso país e contamos com a produção desse empreendimento, que pensamos daqui a um tempo será maior do que apresentaram aqui hoje”, disse o ministro.

Segundo Diamantino Azevedo, o ouro é um mineral extremamente importante, manifestando convicção de que os promotores deste projeto irão evoluir para outros, transmitindo as experiências já adquiridas.

“O ministério e a Agência Nacional de Recursos Minerais estão abertos para que vocês peçam mais áreas nesta ou noutras províncias do país, que desenvolvam mais projetos mineiros, porque para nós é um orgulho ver mais projetos a surgir, projetos que cuidem do ambiente, dos aspetos sociais e, acima de tudo, projetos feitos por angolanos, por empresas de angolanos”, frisou.

No âmbito da área social, a empresa tem realizado projetos sociais, com o envolvimento da comunidade, tendo recolhido 6.000 plantas nativas que estão a ser reproduzidas em viveiros e replantadas cerca de mil espécies nos locais onde a lavra já foi encerrada.

O ministro parabenizou o promotor pela coragem e empenho de fazer surgir um projeto, que teve em conta não só os aspetos geológicos sistémicos, mas também os aspetos ambientais, a preservação das espécies nativas, “fundamental para que no fim da vida útil do projeto se possa recuperar e reabilitar a área o máximo possível de acordo com o que era antes”.

Diamantino de Azevedo disse que o ministério quer instituir um prémio para as empresas mineiras que tenham o melhor desempenho social e ambiental.

“E esperamos que vocês sejam os primeiros a ganharem esse prémio que queremos instituir”, disse.

Também na província petrolífera de Cabinda, a delegação ministerial visitou o projeto integrado de exploração de rocha fosfatada e fabrico de fertilizantes granulados de fosfatos, que é usado como matéria-prima no fabrico de fertilizantes com macronutrientes de NKP — nitrogénio, fósforo e potássio, promovido pela empresa Minbos Resources.

De acordo com uma nota do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, o projeto encontra-se na fase de desenvolvimento mineiro e já iniciou a montagem de equipamentos da fábrica de fertilizantes de Subantando, localidade situada a 13 quilómetros da cidade de Cabinda.

Segundo a diretora-geral do projeto, Aserah Masoori, a atividade de exploração mineira deverá arrancar no final deste ano.

A responsável frisou que ainda estão a aguardar por algumas licenças, nomeadamente a mais importante ambiental, para o início da produção, prevendo-se uma capacidade entre 30 a 33 toneladas por hora.

“Já temos tudo encaminhado e a inspeção já está a acontecer e assim que a recebermos começamos a limpar e iniciamos a construção”, disse Aserah Masoori, frisando que todos os componentes da fábrica já se encontram em Cabinda.

NME // LFS

By Impala News / Lusa

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