
Eni aponta Angola como um dos “principais sucessos” na exploração de petróleo
“Uma nova campanha de exploração com sucesso levou a várias descobertas no Bloco 15/06, onde a Eni é o operador, com uma quota de 36,8%, com perspetivas positivas nos poços de Ndungu e Agidigbo, que representam a segunda e terceira descobertas desde o início do ano, no seguimento da descoberta em Agogo, a quinta desde que foram retomadas as atividades de exploração em 2018”, lê-se na parte das contas semestrais dedicada aos “principais sucessos de exploração”.
De acordo com a petrolífera italiana, “os recursos totais descobertos são de 1,8 mil milhões de barris” em Angola, o equivalente a mais de três anos da produção total de Angola atualmente.
Na parte sobre as perspetivas de produção de hidrocarbonetos para o resto do ano, a Eni mantém a intenção de aumentar a produção em 2 a 2,5%, antecipando um preço do barril na ordem dos 62 dólares.
“O crescimento será alimentado pelo contínuo aumento da produção nos campos que começaram em 2018, particularmente nos projetos na Líbia, e pelo crescimento orgânico no Egito, Gana e Angola”, entre outros, diz a Eni.
A nível global, o segundo trimestre deste ano, a produção de petróleo e gás natural foi o equivalente a 1,8 milhões de barris de petróleo, o que representa uma queda de 2% face ao segundo trimestre do ano passado.
Na quinta-feira, a Eni tinha confirmado a existência de 650 milhões barris de petróleo no Bloco 15/06, podendo encontrar ainda mais no norte do setor.
“A Eni perfurou com sucesso [o poço] Agogo 2, a primeira avaliação da descoberta no Bloco 15/06, ao largo da costa de Angola”, escreve a petrolífera num comunicado distribuído em Milão, norte de Itália, onde está a sede da petrolífera, e no qual se acrescenta que “o poço confirma a existência de 650 milhões de barris de petróleo e indica uma perspetiva positiva no norte do setor, que será avaliado num novo poço exploratório”.
O Bloco 15/06, operado pela Eni, que tem uma participação de 36,8%, e que junta também a Sonangol, com outros 36,8%, deverá começar a ser explorado ainda este ano, mas até lá a Eni diz que vai “continuar as atividades de exploração para aferir o potencial total e o tamanho desta nova descoberta”, antevendo a produção de mais de 15 mil barris diários nesta zona.
No comunicado, a petrolífera italiano diz que “a cota-produção em Angola conta com cerca de 150 mil barris de petróleo equivalente por dia” e acrescenta que “no Bloco 15/06, a Eni opera dois projetos de desenvolvimento de petróleo, o Pólo Oeste e o Pólo Este, que têm um produção atual de cerca de 155 mil barris de petróleo por dia”, para além de ser também a operadora do Bloco Cabinda Norte.
“Angola desempenha um papel chave no crescimento orgânico da Eni”, conclui a petrolífera italiana.
MBA // PJA
By Impala News / Lusa
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