Crise/Energia: AHRESP defende que linha de crédito de 400 ME abranja do turismo e restauração

A AHRESP defendeu hoje que a linha de crédito de 400 milhões de euros para enfrentar subidas de preços da energia deve abranger as empresas do turismo e restauração, “que estão a sofrer significativamente com o aumento de custos”.

Crise/Energia: AHRESP defende que linha de crédito de 400 ME abranja do turismo e restauração

Em comunicado, a AHRESP – Associação da hotelaria, restauração e similares de Portugal recorda que, “para enfrentar as gravíssimas subidas de preços da energia, o ministro da Economia anunciou uma linha de crédito de 400 milhões de euros dirigida a empresas com peso significativo nos fatores de produção ou com necessidades de tesouraria acrescidas”, para defender que a restauração e o alojamento turístico sejam abrangidos. Segundo a associação, “também os setores da Restauração, Similares e do Alojamento Turístico estão a sofrer significativamente com o aumento de custos e, por essa razão, estes setores devem também ser abrangidos”.

A AHRESP recorda que o barómetro realizado em janeiro junto dos seus órgãos sociais já revelava “uma enorme preocupação sobre este tema: para 88% dos inquiridos, na sua grande maioria micro e pequenas empresas, o impacto da subida dos custos de energia e de matérias-primas na sua atividade económica já estava a ser sentido”. A linha de crédito de 400 milhões de euros para as empresas mais dependentes da energia e dos combustíveis será disponibilizada na quinta-feira, disse na segunda-feira o ministro da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira.

Trata-se de uma linha de crédito com garantia pública, gerida pelo Banco Português de Fomento, com dotação global de 400 milhões de euros, com um nível de cobertura de 70% do montante financiado. Esta linha de “apoio à produção” tem um prazo até oito anos, com 12 meses de carência de capital.

A linha é destinada a empresas que operam nos setores da indústria transformadora e dos transportes, com peso igual ou superior a 20% de custos energéticos nos custos de produção; ou com aumento do custo de mercadorias vendidas e consumidas superior a 20%; ou com quebra de faturação operacional igual a 15% quando resulte da redução de encomendas devido à escassez ou dificuldade de obtenção de matérias-primas, componentes, ou bens intermédios.

As empresas dos setores referidos e com atividade associada à produção de bens alimentares de primeira necessidade, cuja cadeia de abastecimento seja “particularmente impactada pelo conflito na Ucrânia”, estão isentas da necessidade de preencher aqueles critérios, indica o Governo no documento distribuído à imprensa.

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