Certificados de aforro registam em novembro a maior subida mensal desde 2017

O valor aplicado em certificados de aforro atingiu em novembro os 17.709 milhões de euros, aumentando 1.689 milhões de euros face a outubro, a maior subida mensal desde 2017.

Certificados de aforro registam em novembro a maior subida mensal desde 2017

A subida das Euribor, indexante que integra a fórmula de cálculo da remuneração dos certificados de aforro, e a manutenção em níveis mínimos das taxas de juro dos tradicionais depósitos a prazo tem levado os aforradores particulares a canalizar parte das suas poupanças para aqueles títulos de dívida pública.

A informação estatística hoje divulgada relativamente ao mês de novembro indica que o ‘stock’ dos certificados de aforro (CA) aumentou 42% face ao mesmo mês do ano anterior, quando o saldo dos certificados ascendia 12.425 milhões de euros. Entre certificados de aforro e certificados do tesouro, os particulares tinham em novembro 33.263 milhões de euros aplicados nestes títulos de dívida pública, mais 9,8% do que o valor registado no mês homólogo de 2021 e mais 4,4% do que no mês anterior.

A taxa de juro da série de certificados de aforro atualmente em comercialização (a série E) é determinada mensalmente (no antepenúltimo dia do mês, para vigorar no seguinte), tendo em conta uma fórmula que contempla um prémio de permanência e a média dos valores da Euribor a três meses observados nos 10 dias úteis anteriores. As regras limitam o prémio de permanência a um máximo de 1% (valor atribuído a partir do 6.º ano da subscrição e até ao fim do prazo), definindo ainda que da fórmula não pode resultar uma taxa base superior a 3,5%.

A taxa de juro bruta para as novas subscrições e capitalizações de CA em dezembro foi fixada em 2,842% (acima dos 2,492% de novembro), valor que deverá manter a procura por este tipo de produto de aforro, uma vez que a remuneração supera de forma significativa as taxas de juro que os bancos oferecem atualmente pelos depósitos.

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