BCP diz que tem condições de ter mais capital disperso por investidores

O presidente do BCP afirma que o banco tem hoje condições de ter mais capital disperso, e menos nas mãos de grandes investidores, quando há notícias de que a chinesa Fosun pondera vender a restante participação de 20% no banco.

BCP diz que tem condições de ter mais capital disperso por investidores

Hoje na conferência de imprensa de apresentação dos resultados do primeiro trimestre (lucros de 234,3 milhões de euros), Miguel Maya voltou a dizer que o BCP tem a intenção de pagar 50% dos lucros em dividendos após o ano de transição que foi 2023, em que o BCP vai pagar 30% dos lucros em dividendos, e considerou que pagar dividendos adequados é essencial para o banco atrair investidores.

“Um banco precisa de investidores, isso é muito claro. Os investidores para investirem num banco têm de ter remuneração”, afirmou em resposta aos jornalistas.

O gestor afirmou que houve um período que para o banco foi mais difícil, com rácios de capital mais curtos e em que precisou mesmo de reforçar capital, no qual foi muito importante ter “investidores de maior dimensão”, como Fosun e Sonangol.

Agora, disse, a “situação do banco não tem nada que ver com esses tempos” e o BCP tem “todas as condições de ter maior ‘free float’ [capital disperso] como tem a maioria dos bancos europeus”.

O BCP tem 60% do capital disperso, disse, e há grandes bancos europeus que têm 90%, considerando que vir a ter mais capital disperso “é a normalidade, é um caminho natural do banco, que tem solidez”.

A Fosun vendeu no início de janeiro 5,6% do capital do BCP, reduzindo a sua posição, e há notícias de que tanto a Fosun como a Sonangol querem sair da estrutura de capital.

Segundo a última informação pública, o grupo Fosun tem 20,03% do capital, a petrolífera angolana Sonangol 19,49% e o Grupo EDP 2,06%.

IM // MSF

By Impala News / Lusa

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