Académica prepara SAD com investimento inicial americano de 4,9 milhões de euros

Académica explica negócio da SAD. Acordo com a Athlon Family Office foi ontem apresentado, mas carece de validação dos sócios

Académica prepara SAD com investimento inicial americano de 4,9 milhões de euros

Académica prepara SAD com investimento inicial americano de 4,9 milhões de euros. O acordo de constituição de uma Sociedade Anónima Desportiva (SAD) da Académica prevê que o investidor tenha 49% do capital social e subscreva um aumento de capital de 4,9 milhões de euros.

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Na quinta-feira à noite, numa sessão para explicar o acordo já existente com a empresa americana Athlon Family Office, com sede na Florida, o vice-presidente Afonso Pedrosa adiantou que o aumento de capital será efetuado com pagamentos faseados até 31 de outubro de 2023.

Segundo o contrato assinado entre as partes, que carece ainda de aprovação em Assembleia Geral, a investidora terá de entregar meio milhão de euros até 15 dias após a deliberação favorável pelos sócios do clube e mais 1,5 milhão de euros até ao dia 30 de junho. O restante montante (2,9 milhões de euros) terá de ser liquidado em duas tranches iguais, uma até ao dia 31 de janeiro de 2023 e a outra até 31 de outubro do mesmo ano. De acordo com Afonso Pedrosa, os 4,9 milhões de euros serão utilizados para liquidar o passivo do Organismo Autónomo de Futebol (OAF) e “reorganizar financeiramente o clube”.

A investidora compromete-se a dotar a Académica SAD dos meios financeiros para investimento na equipa de futebol profissional nos próximos cinco anos, assegurando um orçamento anual mínimo de 1,2 milhão de euros para a Liga 3, três milhões na II Liga e 5,5 milhões de euros na I Liga.

O dirigente adiantou ainda que o conselho de administração da Académica SAD será constituído por cinco elementos, eleitos para mandatos de três anos, em que o presidente será obrigatoriamente o presidente da Académica OAF. A “briosa” tem ainda direito a nomear dois vogais executivos, tantos como a investidora americana Athlon Family Office, que gere fundos de atletas e ex-atletas. Em caso de incumprimento da investidora, a Académica terá direito a recomprar os 49% do capital social por 50% do investimento inicial efetivamente realizado.

Na reunião de quinta-feira à noite, que registou boa afluência, o vice-presidente Afonso Pedrosa salientou que o clube apresentou sempre prejuízos desde a constituição da Sociedade Desportiva Unipessoal por Quotas (SDUQ), “tirando o ano em que participou na Liga Europa”. “Entendemos que a solução em mãos é muito boa e que, neste momento, é a única solução para a Académica”, sublinhou o dirigente, frisando que, atualmente, só a I Liga é autossustentável.

A apresentação do acordo com a investidora americana decorre numa altura em que a Académica se prepara para ir a votos no dia 04 de junho, em que o atual presidente da direção, Pedro Roxo, é recandidato ao cargo. A sufrágio vai estar outra lista, liderada pelo jurista Miguel Ribeiro, que foi coordenador dos escalões de formação do clube.

A Académica é liderada há cinco anos por Pedro Roxo, que assumiu a presidência depois da saída de Paulo Almeida e venceu as últimas eleições, realizadas há três anos, contra o médico Joaquim Reis. Os ‘estudantes’ desceram à Liga 3, ao fim de 88 épocas consecutivas entre o primeiro e segundo escalões de futebol nacionais, como último classificado da II Liga de futebol, com somente 17 pontos, fruto de apenas três vitórias e oito empates, além de 23 derrotas.

 

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