Cristiano Ronaldo: «Preparei o Cristianinho durante meses para a minha saída de Madrid»

Cristiano Ronaldo concedeu uma entrevista exclusiva à TVI na qual, entre muitos assuntos, aborda a saída do Real Madrid para a Juventus.

Cristiano Ronaldo: «Preparei o Cristianinho durante meses para a minha saída de Madrid»

Cristiano Ronaldo concedeu uma entrevista exclusiva à TVI na qual, entre muitos assuntos, aborda a saída do Real Madrid para a Juventus. Na primeira parte da entrevista, emitida esta terça-feira, CR7 assume que a mudança não foi fácil.  «Sair do Real foi difícil porque estive lá nove anos. 60 por cento da minha carreira, talvez foi feita lá, e custa. Mas foi um desafio diferente e estou muito contente por estar aqui», começou por dizer.

«Para mim e para a Gio foi fácil, porque ela também gosta de desafios. Para o Cristianinho foi um bocadinho mais difícil, porque ele tinha os amigos. Mas já o estava a preparar há uns meses. E ele percebeu que podia haver a possibilidade de o pai sair do Real Madrid. Ele não acreditava, mas sabia que podia acontecer», continuou.

O craque assumiu que a principal razão da mudança foi o facto de querer sair da zona de conforto. «Sou uma pessoa que não gosta de estar na zona de conforto e Madrid já era demasiado confortável. Queria um novo desafio», sublinhou.

«O mais importante é ter talento, e eu tenho, sempre tive»

Questionado sobre a sua capacidade de trabalho, e de como isso tem sido importante ao longo da carreira, o craque respondeu: «Mais importante é ter talento, e eu tenho, sempre tive. Mas se formos olhar para os outros desportos, ou para os grandes cientistas, os que ganham prémios Nobel, todos tiveram grande talento, mas foram também grandes trabalhadores. E eu gosto de copiar os bons exemplos, não só do desporto, mas também de outras áreas», começou por dizer.

«Nasci com essa característica (capacidade de trabalho). Foi a minha educação. Tive uma infância difícil, apesar de nunca me ter faltado comida na mesa, mas tive de demonstrar aquilo que era quando cheguei ao Sporting», continuou.

«Ultrapassei o meu sonho»

Sobre a sua carreira e tudo o que conseguiu alcançar, o internacional português assume que conseguiu ultrapassar muitos dos sonhos de criança que tinha. «Nunca pensei chegar onde cheguei. Ultrapassei o meu sonho, sem dúvida alguma. O meu sonho era ser profissional de futebol, porque tinha talento e achava que tinha capacidade. Quem jogava comigo e contra mim dizia-me: ‘Cris, tu vais lá chegar porque és craque’. E começas a criar uma ilusão… mas se me perguntassem se sonhava ganhar uma Bola de Ouro, ou duas… é óbvio que nunca pensei nisso», sublinhou.

Foi quando chegou ao Manchester United que Ronaldo começou a pensar que podia sonhar mais alto. «Quando comecei a jogar pelo Manchester United, com 18, 19 anos. Porque eu era tão bom como os jogadores que estavam lá e percebi: ‘estou perto de alcançar grandes coisas’. Claro que era miúdo e tinha muito para aprender – e aprendi muito com eles -, mas estava naquele mundo de craques. Porque aí eu via que eles não faziam nada que eu não pudesse fazer», sustentou.

«Gostava de ganhar uma Bola de Ouro todos os anos»

Quando questionado sobre a hipótese de arrecadar, novamente, uma Bola de Ouro, o capitão da Seleção Nacional não hesitou em responder afirmativamente. « Claro que sim. Eu gostava de ganhar uma Bola de Ouro todos os anos, gostava de ganhar uma Champions todos os anos. Eu sou uma pessoa obcecada pelo sucesso. É o meu trabalho, mas se não ganhar o mundo não acaba hoje. Também é verdade que algumas vezes perdi e não foi justo. Eu sei que sou dos melhores do meu trabalho e estou na história do futebol por ter ganho cinco Bolas de Ouro, tantas como o Messi».

«Mas há alguém que tenha mais recordes do que eu?»

Sobre o seu estado físico atual, Cristiano Ronaldo abriu o coração dizendo: «O meu subconsciente já pensa de maneira diferente. Já não dou 100%, mas ainda estou com 75% ou 80% da minha carga. A pergunta que faço é: Mas alguém tem mais recordes do que eu? Eu já bati tantos, mas agora há outras prioridades na vida. Para o ano posso terminar a carreira, mas também posso abandonar o futebol aos 40 anos», continuou.

«2018 foi o ano mais difícil da minha vida a nível pessoal»

As divergências com o Fisco espanhol e o famoso caso de Kathryn Mayorga, fizeram do ano de 2018 ‘o mais difícil’ da vida do craque.

«2018 foi o ano mais difícil da minha vida a nível pessoal. Dói, dói muito quando põem em causa a tua honra. Graças a Deus, mais uma vez provou-se que era inocente. Os amigos, a família, quem gosta de mim, todos sabiam que eu era inocente. Mas foi muito duro…», sublinhou.

LEIA MAIS

Cancro não abala capitão do Chaves: «Estou muito optimista»

Surto de listeriose em Espanha já fez vítimas. País decretou alerta sanitário

Previsão do tempo para quarta-feira, 21 de agosto

 

 

Impala Instagram


RELACIONADOS