Creches vão recusar crianças com mensalidades em atraso
Esta medida «não é uma questão de represália», mas apenas uma forma «de respeito e igualdade» para com os pais que fizeram «o sacrifício de pagar».
Esta quinta-feira, 30 de abril, António Costa deve anunciar a abertura das creches a partir de 1 de junho. Desde março, altura em que a pandemia da covid-19 obrigou várias empresas a parar, que muitos pais defendem que não devem pagar a totalidade das mensalidades. E a verdade é que as dificuldades económicas levaram muitas famílias a suspender os pagamentos. Agora, a Associação de Creches e Pequenos Estabelecimentos de Ensino Particular (ACPEEP) em declarações ao JN, avisa que só as crianças com os pagamentos em dia serão recebidas.
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Susana Batista, a presidente da ACPEEP, afirma que esta medida «não é uma questão de represália», mas apenas uma forma «de respeito e igualdade» para com os pais que fizeram «o sacrifício de pagar».
Na carta enviada ao Governo e Presidente da República sobre as medidas que devem ser seguidas no desconfinamento, a ACPEEP, alerta que as creches privadas já perderam em média 15% dos seus alunos e os jardins de infância 10%. E embora tenha havido um esforço para « reduzir as mensalidades”, o incumprimento nos pagamentos disparou entre março e abril. Segundo Susana Batista, este mês 35% das creches associadas tiveram uma quebra de faturação superior a 50%.
«É com espanto e desagrado que vemos que o pequeno comércio pode abrir a partir de 4 de maio e nós só a 1 de junho. Onde é que os pais vão deixar as crianças para irem trabalhar?», questiona a presidente da ACPEEP, solicitando também ao Governo um subsídio de 150 euros por família para ajudar no pagamento das mensalidades e garantir a sustentabilidade destes estabelecimentos.
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