Covid-19. Morreu o paramédico italiano que ajudou a salvar centenas pessoas

Diego Bianco tinha 46 anos e perdeu a vida seis dias depois de ter contraído o novo coronavírus.

Covid-19. Morreu o paramédico italiano que ajudou a salvar centenas pessoas

Este paramédico italiano tornou-se um rosto de luta no meio desta pandemia gigante que continua a assolar o mundo e, em terreno europeu, principalmente Itália. Operador da linha de saúde, Diego BIanco ajudou a salvar a vida de centenas de pessoas, mas não conseguiu derrotar o Covid-19, tendo morrido a 13 de março, apenas seis dias depois de ter contraído o vírus, como contou o Corriere della Sera.

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“Atropelado por um camião”

A sua história está a comover os italianos. Não apenas por ser uma morte rápida e prematura, mas devido à sua entrega profissional nestes tempos de cólera. Diego BIanco, de 46 anos, teve os primeiros sintomas da doença no dia 7 de março, ao registar cansaço, dores no peito, tosse e 39 graus de febre, temperatura que teimava em não ceder. Nessa altura, Bianco, responsável pela gestão das chamadas recebidas no serviço de emergência do Hospital Papa Giovanni XXIII, em Bergamo, terá confessado aos colegas que parecia ter sido “atropelado por um camião”.

Bianco sabia que o novo coronavírus não estava a dar tréguas aos profissionais de saúde, até porque na mesma altura em teve os primeiros sintomas, oito operadores da linha – seis enfermeiros e quatro médicos – foram mandados para casa de quarentena. “Ele estava sempre calmo mesmo em emergências”, recorda Oliviero Valoti, colega de equipa, embora também reconheça que Diego tinha receio de deixar a mulher e o filho, de oito anos.

E, infelizmente, foi isso que aconteceu. Diego morreu dias depois na sua casa, em Montebello, norte de Itália. Na noite da sua morte, o paramédico disse à mulher, voluntária da Cruz Vermelha, que só precisava “de encontrar uma posição confortável para dormir”. Ela foi encontrá-lo pouco depois com uma paragem cardiorrespiratória.

Itália já ultrapassa os dois mil mortos.

Texto: Carla S. Rodrigues

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