Coletes Amarelos em Paris: balanço das primeiras horas de protesto

Coletes Amarelos prometem que não vão desistir.

Coletes Amarelos em Paris: balanço das primeiras horas de protesto

O número de Coletes Amarelos presente nos Campos Elísios, em Paris, diminuiu hoje em relação aos sábados passados. Porém, os manifestantes asseguram que não vão desistir. Prometem que vão tornar a Ópera e a Praça da República nos novos pontos de protesto. «Somos exatamente os mesmos. Simplesmente há menos pessoas nos Campos Elísios porque temos previstos protestos na Ópera. Vamos protestar sentados à frente do edifício, e na Praça da República», disse Muriel, uma Colete Amarelo vinda dos arredores de Paris, nos Campos Elísios.

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Em frente à Ópera Garnier, os manifestantes optaram por um protesto estático. Sentaram-se ou deitaram-se nas escadas do edifício. Ao contrário do sábado passado, grandes armazéns como as Galerias Lafayette e o Printemps, nas imediações da Ópera, decidiram estar abertos. Com as temperaturas próximas dos zero graus e depois de uma semana de apelos contra a manifestação na capital francesa, apenas cerca de mil Coletes Amarelos foram à capital francesa. A ambiente é mais ameno entre manifestantes e polícia.

Coletes Amarelos concentraram-se hoje esta manhã junto ao Arco do Triunfo e foram descendo a avenida

Apesar de os controlos policiais se manterem espalhados um pouco por toda a cidade, há também menos pessoas identificadas em comparação com a semana passada. Cerca de 50 comparadas com quase 600 à mesma hora de sábado passado. Tal como já vai sendo tradição, os Coletes Amarelos concentraram-se esta manhã junto ao Arco do Triunfo. Depois, foram descendo a avenida em protesto. A polícia agiu rapidamente. Cercou os manifestantes com carrinhas e fileiras de agentes policiais. Não houve, até agora, qualquer confronto direto, nem lançamento de granadas de gás lacrimogéneo.

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Stephane, um dos manifestantes “colete amarelo”, tem vindo todos os sábados de Lille, no Norte de França, para se manifestar nos Campos Elísios. «Venho todos os sábados e não vejo a minha família, mas não há nada a fazer. E a fatiga começa a ser enorme, mas não vamos desistir», disse. Este Colete Amarelo decidiu ir a Paris mesmo depois dos apelos das autoridades para não o fazer devido ao recente ataque em Estrasburgo. «Os atentados não me metem medo. Não é isso que me faz recuar nas minhas convicções. Eu estou chocado com o que se passou, mas está fora de questão travar este movimento», acrescentou. Há cerca de 230 pontos de protesto de coletes amarelos em França, entre manifestações e bloqueios de estradas, com milhares de polícias destacados para manter a segurança.

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