Um caso real. «Esta é uma dúvida que me assola há algum tempo. Desde que me aconteceu uma situação “caricata”. Tinha uma relação longa. Estávamos juntos há cerca de oito anos. A determinada altura comecei a sentir-me atraída por um colega de trabalho.

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Sentia-me bem com ele e, quando estava em casa, a minha cabeça ia para todo o lado menos para onde devia. Não estava ali. Estava nele. Não estava no meu companheiro. Pus algumas vezes em causa que pudesse estar a chegar ao fim a minha relação. Mas eu também me sentia bem com o meu “marido”, só que me imaginava a estar com a outra pessoa.

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«Nunca tive nada fisicamente com a outra pessoa, mas adorava aquele ‘flirt’»

Na minha mente não estava a trair ninguém, mas ao mesmo tempo o sentimento de culpa estava lá. Desabafei com a minha melhor amiga sobre o tema. Para ela, enviar mensagens a outra pessoa a falar sobre sentimentos que estão a surgir ou simplesmente ter pensamentos por outro alguém é uma traição!

Não sei se ela acha isso por nunca lhe ter acontecido nada do género ou porque aquilo que me acontecia era mesmo um erro! Eu continuo a achar que se pensarmos em alguém, mesmo que tenhamos um companheiro ou marido, que isso não é traição.

Nunca tive nada fisicamente com a outra pessoa, mas adorava aquele “flirt” que com oito anos de relação acaba por já não acontecer. Hoje sinto-me melhor pois esse “amigo colorido” já nada significa para mim, mas continuo a achar que nunca traí ninguém. Sou a única a pensar assim?»

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