Bebé de 18 meses de Póvoa de Lanhoso já foi encontrado (em atualização)

O bebé de 18 meses desaparecido desde as 20h da noite de ontem, dia 4 de julho, foi encontrado com vida por uma vizinha num terreno próximo da casa de onde desapareceu.

Bebé de 18 meses de Póvoa de Lanhoso já foi encontrado (em atualização)

O bebé de 18 meses desaparecido desde as 20h da noite de ontem, dia 4 de julho, foi encontrado de boa saúde por uma vizinha num terreno próximo da casa de onde desapareceu.

A GNR anunciou pelas 11h10 da manhã de hoje que Iuran foi entregue às autoridades e que está a ser assistido hospital de Braga, sendo a maior prioridade garantir que a criança recupera, após ter estado quase 15 horas sozinha. Levado pelos bombeiros a criança chegou à unidade hospitalar já no colo da mãe.

Segundo Gil Carvalho, coordenador da Polícia Judiciária de Braga, Iuran foi encontrado a 900 metros da habitação onde reside. Gil Carvalho adiantou ainda que o bebé terá andado sem destino até que encontrou uma cancela que o impediu de continuar a vaguear. Apesar de Iuran ter apenas um ano e meio, o coordenador garantiu que “corria e movimentava-se muito bem”, sendo plausível que tenha percorri em 15 horas quase um quilómetro.

O caso está agora nas mãos do Ministério Público, onde será realizada uma investigação para compreender como se deu o desaparecimento do bebé de 18 meses.

Mistério do desaparecimento por desvendar

Iuran desapareceu na passada noite de terça-feira, 4 de julho, na aldeia de Sezedelo, Póvoa de Lanhoso, no distrito de Braga. O alerta foi dado às 21h51 e segundo os pais o bebé Iuran estava a brincar com as irmãs, de 3 e 4 anos, no exterior da habitação no momento em que desapareceu. Alegadamente, os pais, estiveram ainda cerca de uma hora à procura da criança até que decidiram pedir ajuda às autoridades.

De acordo com as declarações dos Bombeiros Voluntários de Póvoa de Lanhoso, o pai da criança garantiu que esteve com o filho minutos antes deste ter desaparecido. O progenitor afirma ter apenas entrado no interior da casa durante uns momentos e que quando regressou a criança já não se encontrava no local.

“As irmãs entraram para dentro da habitação juntamente com o pai, a criança ficou cá fora aqueles segundos/minuto e quando o pai chegou cá fora a criança já não estava ali”, esclareceu o comandante António Veloso.

Buscas numa área de cerca de um quilómetro envolvente à habitação

Bombeiros, militares da GNR e a PJ trabalharam em conjunto e fizeram todos os esforços para encontrar o bebé. As buscas foram interrompidas às 4h da manhã, reiniciaram entre as 7h e as 8h, mas o facto da criança ter estado desaparecida cerca de 15 horas, alarmou todas as forças envolvidas, visto que, de acordo com a família, a criança ainda está a aprender a andar e cai muitas vezes sempre que tenta fazê-lo sozinho.

O comandante dos Bombeiros da Póvoa de Lanhoso,  António Veloso, informou que as buscas decorreram numa área de cerca de um quilómetro “em todas as casas da zona, algumas devolutas, e em toda a área envolvente à habitação, nomeadamente “nas poças para regadio” que existiam na proximidade. No entanto,  o comandante acrescentou, na altura, que se “se entendesse que era “necessário alargar a área de busca, em conjunto com a GNR”, assim se faria.

“Estamos a bater toda a zona que fizemos ontem à noite (terça-feira), estamos a fazer uma segunda passagem, com 17 elementos dos bombeiros e 30 da GNR, nomeadamente duas equipas cinotécnicas”, além da Polícia Judiciária, afirmou António Veloso.

Pais ouvidos na PJ

O pai de Iuran acabou por ser levado de madrugada pela Polícia Judiciária. Após ter sido ouvido durante várias horas, o pai do bebé voltou para casa com a mulher (a mãe do bebé) e as outras duas filhas menores.

O coordenador da Polícia Judiciária de Braga, Gil Carvalho, que tem uma larga experiência em casos de rapto, confirmou que o pai assim como “outras pessoas” estão a ser ouvidas, mas ainda não adiantou qualquer hipótese para o que possa ter acontecido.

Segundo o Correio da Manhã, um vizinho que mora perto da habitação onde desapareceu a criança revelou que a família está referenciada por negligência para com os menores. A mesma fonte afirmou que as crianças ficam várias vezes sozinhas em casa.

O Presidente da Câmara de Póvoa de Lanhoso, Manuel Baptista, confirmou à comunicação social que a família de Iuran está sinalizada pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CCPJ) da região e que é acompanhada por uma técnica da Segurança Social.

Durante as buscas, a família, que teve apoio psicológico do INEM desde que as buscas começaram, afirmou estar em choque com a situação e negou-se a acreditar que o bebé tivesse conseguido sair da casa por si próprio.

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