Venezuela tenta bater recorde mundial do Guinness em concerto com 12.000 músicos

Mais de 12.000 músicos deram um concerto no sábado na Venezuela, numa tentativa de bater o recorde mundial do Guinness para a “maior orquestra do mundo”, devendo o resultado ser anunciado nos próximos dias.

Venezuela tenta bater recorde mundial do Guinness em concerto com 12.000 músicos

Mais de 12.000 músicos deram um concerto no sábado na Venezuela, numa tentativa de bater o recorde mundial do Guinness para a “maior orquestra do mundo”, devendo o resultado ser anunciado nos próximos dias. O Sistema Nacional de Orquestras e Coros Juvenis e Infantis da Venezuela, conhecido popularmente por “Sistema”, interpretou a Marcha Eslava, do compositor russo Pyotr Ilyich Tchaikovsky, com a duração de 12 minutos.

A megaorquestra prestou ainda homenagem ao falecido maestro José Antonio Abreu, que fundou o “Sistema” em 1975, um programa público para tornar a educação musical acessível a milhares de crianças das classes populares, por onde passou Gustavo Dudamel, diretor musical da Ópera de Paris e da Orquestra Filarmónica de Los Angeles. O Sistema foi replicado em mais de 70 países, entre eles Portugal, com o projeto “Orquestras Sinfónicas Juvenis — Orquestra Geração”, criado em 2007 com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, para combater o insucesso e abandono escolar através do ensino da música

O projeto musical da Venezuela já tinha reunido mais de 10.000 músicos para prestar homenagem ao maestro Abreu, após a sua morte, em março de 2018, mas não conseguiu nessa altura homologar o recorde, devido às dificuldades para organizar a certificação e documentação exigidas pelo Guinness World Records, num curto espaço de tempo. O recorde atual, com 8.097 músicos, foi alcançado em 2019 em São Petersburgo, na Rússia.

O concerto que poderá garantir à Venezuela o novo recorde, conduzido pelo maestro Andrés David Ascanio, teve lugar no pátio da Academia Militar do Forte Tiuna, em Caracas, com jovens músicos de todo o país, incluindo o filho do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro Guerra, que tocou flauta. Para obter o recorde mundial do Guinness para a “maior orquestra do mundo”, a Venezuela teve de cumprir várias regras, incluindo que todos os membros do coletivo fossem “músicos especializados” e liderados por um maestro “experiente”.

Além disso, cada participante tinha de tocar “durante todo o tempo”, não podendo ser substituído por outros músicos. Dias antes do concerto, o diretor do Sistema, Eduardo Méndez, precisou que, por cada 50 músicos, haveria um supervisor da equipa do Guiness, e que os jovens teriam uma bracelete biométrica para registar a sua presença.

A Venezuela saberá se cumpriu os requisitos para obter o recorde nos próximos 10 dias, disse à agência de notícias Efe a consultora KPMG, mandatada pela organização do Guinness para monitorizar o cumprimento das normas. Um total de 260 examinadores da KPMG assistiram à ‘performance’. O concerto contou com a presença de vários representantes do executivo da Venezuela, na ausência do Presidente, Nicolàs Maduro, incluindo a vice-presidente executiva, Delcy Rodríguez.

 

 

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