Valas para enterrar vítimas da Covid-19 no Irão visíveis do Espaço

Irão escava duas valas para sepultar vítimas da Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus. As valas são visíveis do Espaço e podem desmentir número oficial de vítimas.

Em 21 de fevereiro, as autoridades do Irão terão começado a escavar duas grandes valas no complexo de Behesht-e Masoumeh, o maior cemitério de Qom, cidade xiita a 180 quilómetros de Teerão. Foi nesta cidade, aliás, onde surgiram os primeiros dois casos de do novo coronavírus, e a consequente Covid-19. Especialistas revelaram ao Washington Post concordarem que as trincheiras serão destinadas a sepultar o crescente número de vítimas mortais do novo coronavírus.

O Irão registou mais 85 mortes devido ao novo coronavírus, elevando para 514 o número de mortos entre os 11.364 casos de pessoas infetadas no país, segundo informações da televisão estatal iraniana. O Irão regista um dos piores surtos do novo coronavírus em todo o mundo e, inclusivamente, várias autoridades do país foram infetadas. O número real de casos pode ser ainda maior, pois foram levantadas questões sobre a transparência das autoridades iranianas em relação ao surto. O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.900 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde (OMS) a declarar a doença como pandemia.

 

LEIA DEPOIS
Coronavírus. Quase 3 milhões de pessoas poderão ter de ficar casa

Vítimas da Covid-19 sepultadas sem rituais nem familiares por perto

Um analista da Maxar Technologies, responsável pelas imagens de satélite, explica que a dimensão e a velocidade a que as valas foram escavadas sugere que tenham sido proibidos rituais fúnebres com presença de familiares e com os enterros a serem feitos em parcelas de terreno individuais.

Diferença nas imagens pode significar disparidade entre número real de vítimas e número anunciado pelo Irão

Diferença desde outubro é notável e pode significar disparidade entre os números reais de vítimas da Covid-19 e os oficiais

No início de março, vídeos das escavações começaram a circular nas redes sociais. O Washington Post comparou imagens do terreno captadas desde o Espaço em outubro com as dos primeiros casos, em 19 de fevereiro. A diferença é notável. E pode significar disparidade entre os números reais de vítimas da Covid-19 e os oficiais anunciados pelas autoridades iranianas.

LEIA MAIS
Caldas da Rainha. Mulher de 62 anos viveu com o cadáver do pai 6 meses em casa

Impala Instagram


RELACIONADOS