Vaga de frio extremo afeta Estados Unidos e faz pelo menos oito mortos

A vaga de frio extremo, sem precedentes, que afeta os EUA fez pelo menos oito mortos e várias regiões deverão sentir uma sensação térmica que pode chegar aos 53 graus negativos.

Vaga de frio extremo afeta Estados Unidos e faz pelo menos oito mortos

A vaga de frio extremo, sem precedentes, que afeta os Estados Unidos fez nos últimos dias pelo menos oito mortos e várias regiões deverão hoje sentir uma sensação térmica que pode chegar aos 53 graus negativos.

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Estas condições meteorológicas adversas forçaram a adoção de medidas de emergência por parte das autoridades, nomeadamente para proteger a população mais frágil.

As agências internacionais noticiaram que o corpo de um homem de 70 anos foi hoje encontrado com sinais de hipotermia em Detroit, a maior cidade do estado do Michigan, na região centro-oeste, onde a sensação térmica rondou os 30 graus negativos. A polícia local não quis confirmar se a causa da morte foi o frio sentido na região.

Com esta morte, e segundo as contas da agência noticiosa espanhola EFE, pelo menos seis pessoas morreram nos últimos dias na sequência destas condições meteorológica, nomeadamente em acidentes de trânsito.

O Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA (NWS, na sigla em inglês) indicou hoje que a “massa de ar ártico sem precedentes” vai provocar temperaturas extremas com sensações térmicas entre os 34 graus negativos e os 51 graus negativos nas planícies do norte, na região dos Grandes Lagos e no norte da zona do ‘Midwest’ (como é conhecida a região centro-norte dos EUA).

No noroeste do Estado do Minnesota (centro-norte), os termómetros desceram, às seis da manhã locais de hoje, aos 40 graus negativos na pequena cidade de Mahnomen. A essa hora, a sensação térmica na localidade era de 53 graus negativos.

As autoridades dos Estados do Illinois, Wisconsin e Michigan emitiram boletins de alerta para hoje, indicando que esta quarta-feira seria o dia mais frio desta vaga polar. Estes alertas abrangeram cerca de 60 milhões de pessoas.

Em Chicago (Estado do Illinois), uma das maiores cidades dos Estados Unidos, onde vivem 2,7 milhões de pessoas, foi registada uma temperatura mínima de 29 graus negativos. Mas os ventos polares estão a agravar as condições e a sensação térmica chegou aos 46 graus negativos.

A vaga de frio polar está a provocar vários constrangimentos ao nível dos transportes e dos serviços.

Por exemplo, no Aeroporto Internacional O’Hare, em Chicago, as autoridades anteviam para hoje o cancelamento de 1.325 voos, enquanto no aeroporto “vizinho” de Midway as estimativas apontavam para 326 voos cancelados.

Os serviços de correio e a circulação em algumas linhas ferroviárias também foram suspensos por causa do frio intenso.

A polícia de Westchester, no Estado do Illinois, chegou a apelar, em tom de brincadeira, que aquela cidade não tivesse atos de criminalidade durante estes dias porque estava “muito frio para cometer crimes”.

Perante esta vaga de frio sem precedentes, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recorreu à rede social Twitter para reagir, com uma declaração em que confunde o conceito de aquecimento global, cujas consequências se podem manifestar em intempéries extremas.

“No belo ‘Midwest’ as temperaturas estão a atingir 60 graus negativos, o maior frio alguma vez registado. Nos próximos dias espera-se que fiquei ainda mais frio. As pessoas não podem sair nem por uns minutos. Que diabo está a acontecer com o aquecimento global? Por favor volta depressa, precisamos de ti!”, escreveu terça-feira o chefe de Estado norte-americano.

 

 

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