Quem passou mais tempo na Internet durante o confinamento, homens ou mulheres?

O número de pessoas que estiveram mais de seis horas na Internet durante o período de confinamento por causa da pandemia da coid-19 praticamente duplicou: passou de de 18 para 33%.

Quem passou mais tempo na Internet durante o confinamento, homens ou mulheres?

O confinamento levou ao aumento do tempo passado na Internet. Teletrabalho e redes sociais foram os que mais contribuíram para esta subida. De acordo com os resultados do inquérito do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD) relativo à utilização da Internet e videojogos durante a pandemia, 15% dos inquiridos revelaram ter tido problemas de descontrolo ou dependência da presença online. O número de pessoas que passaram mais de seis horas ligados praticamente duplicou. Eram 18% e dispararam para 33%. O presidente do SICAD «esperava evidências de ainda mais problemas relacionados com a ligação à Internet», mas admite alguns indícios de adição.

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As mulheres jovens foram as que mais tempo passaram na Internet durante o confinamento

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As mulheres jovens foram as que passaram mais tempo na Internet, tal como as pessoas com perda de rendimento

Segundo os dados do SICAD, presidido por João Goulão, praticamente metade dos inquiridos esteve mais tempo na Internet. O número de horas em trabalho online foi o que mais subiu, 46%, e 35% também aumentaram o tempo que passam nas redes sociais. As mulheres jovens foram as que passaram mais tempo na Internet, tal como as pessoas que perderam rendimento ou que sentiram maiores níveis de stress.

Tempo passado online contribuiu para diminuição da ansiedade

A grande maioria dos consumidores, todavia, acredita que o tempo passado na Internet contribuiu para diminuir a ansiedade, distrair-se de preocupações, diminuir a solidão e melhorar a disposição. «O facto de [a Internet] relaxar proporciona uma sensação agradável, mas não tenhamos dúvidas de que todos os comportamentos aditivos têm na raiz o prazer», considera Goulão. «Tornamo-nos sempre dependentes de alguma coisa que nos dá prazer.» Apenas 45% dos consumidores acreditam que seria melhor terem passado menos tempo ligados, mas poucos impuseram regras, como por exemplo limite de horas. São também raros os que admitem impactos negativos como os conflitos familiares na utilização intensiva da Internet.

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Mais de metade dos adultos passou a controlar mais os filhos

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Crianças passaram mais tempo na Internet, mas havia também mais tempo em família

Praticamente 60% dos pais com filhos menores assumem terem permitido que os filhos passassem mais tempo ligados à Internet. Em contrapartida, mais de metade dos adultos aumentou o controlo sobre o que as crianças fazem online. «Isto foi positivo. Pelo menos, os filhos não foram completamente deixados ao seu livre-arbítrio na ocupação do tempo. Foi-lhes permitido passarem mais tempo na Internet, mas havia também mais tempo em família. O que permitiu que os pais se inteirassem das reais atividades dos filhos online», diz João Goulão, citado esta quinta-feira, 23 de julho pelo JN.

Mulheres são as que mais tentam limitar os filhos no consumo de Internet

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Utilização de videojogos aumentou, mas de forma pouco substancial. Os homens são os que mais jogaram

Os homens impõem mais regras aos filhos, mas são as mulheres que se mostram mais preocupadas com o tempo que as crianças passam em frente a ecrãs e que, por consequência, tentam limitá-lo. A utilização de videojogos também aumentou no confinamento, mas de forma pouco substancial. Os homens são os que mais jogaram e foi no telemóvel que passaram mais tempo. cerca de 80% jogaram sozinhos e 19% com familiares ou amigos online.

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