Suíça aprova em referendo que todos os cidadãos sejam potenciais doadores de órgãos

Os suíços aprovaram hoje por referendo uma reforma legal segundo a qual todos os cidadãos serão potenciais doadores de órgãos quando morrerem, a menos que se tenham manifestado contra em vida ou os seus familiares se oponham.

Suíça aprova em referendo que todos os cidadãos sejam potenciais doadores de órgãos

Os suíços aprovaram hoje por referendo uma reforma legal segundo a qual todos os cidadãos serão potenciais doadores de órgãos quando morrerem, a menos que se tenham manifestado contra em vida ou os seus familiares se oponham. Os resultados confirmam projeções avançadas pelo instituto de pesquisa gfs.bern, segundo os quais 59% dos eleitores aceitavam uma proposta para aumentar as doações de órgãos para transplante mudando para o modelo de consentimento presumido.

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A reforma da Lei Suíça de Transplantes, aprovada hoje por 60% dos eleitores, introduz o conceito de “consentimento presumido” e inverte a situação atual no país: até agora era necessário manifestar expressamente o desejo de doar órgãos antes de morrer e, agora, o que precisa ser expresso é a sua oposição à doação.

As pessoas que não querem que os seus órgãos sejam doados após a morte devem, portanto, inscrever-se num registo nacional.

Mesmo que não façam este registo, os familiares e amigos mais próximos da pessoa falecida serão ainda consultados sobre se querem que os órgãos do seu ente ou amigo sejam utilizados em transplantes. Se a pessoa falecida não tiver familiares ou pessoas próximas, os seus órgãos não serão utilizados, de acordo com a reforma legal.

O Governo e o Parlamento da Suíça já tinham aprovado esta reforma a 01 de outubro de 2021, argumentando que muitos doentes no país perdem atualmente a vida porque o transplante de que necessitam não chega a tempo, mas os opositores a esta medida reuniram as assinaturas necessárias para o submeter à consulta popular.

Por ano são feitos cerca de 450 transplantes de órgãos na Suíça, mas estima-se que cerca de 1.400 pacientes ainda estejam em lista de espera para esse tipo de intervenção e que um ou dois morram a cada semana porque não são realizados a tempo devido à escassez de doadores.

Este referendo teve uma participação de 40%, a maior das taxas registadas nos três referendos nacionais realizados hoje no país. Nos outros dois, os suíços disseram “sim” ao financiamento da Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira (Frontex), bem como à obrigação de investir no audiovisual suíço.

 

 

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