Sintra é onde mais faltam médicos de família

O Agrupamento de Centros de Saúde Sintra é a unidade de saúde no país com maior carência de médicos de família, precisando que 29 clínicos de Medicina Geral e Familiar, segundo um despacho publicado em Diário da República.

Sintra é onde mais faltam médicos de família

De acordo com o despacho do gabinete do secretário de Estado da Saúde que identifica os serviços e estabelecimento de saúde que se consideram com maiores carências de pessoal médico na área de medicina geral e familiar, depois de Sintra surge o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Tâmega I — Baixo Tâmega, que precisa de 20 médicos de família.

O Governo autorizou esta semana 435 vagas para Medicina Geral e Familiar, 216 das quais na região de Lisboa e Vale do Tejo, 86 no Norte, 64 no Centro, 34 no Alentejo e 35 no Algarve.

O ACES Sintra abrange toda a área territorial do concelho de Sintra, que tem mais de 400.000 habitantes.

De acordo com o despacho do gabinete do secretário de Estado da Saúde, datado de 05 de agosto, depois dos agrupamentos de centros de saúde de Sintra e do Baixo Tâmega, surge o ACES Amadora, com falta de 18 médicos de família, e os agrupamentos de centros de saúde Algarve Barlavento e Arco Ribeirinho (17 cada).

Os agrupamentos de Odivelas, Lisboa Central, Estuário do Tejo e Arrábida apresentam cada um deles uma carência de 16 médicos de família, enquanto no ACES Algarve Central faltam 14.

No ACES Lisboa Norte faltam 13 médicos de Medicina Geral e Familiar, tal como no ACES Almada/Seixal, enquanto nos agrupamentos de centros de saúde de Cascais, Oeste Sul e Alentejo Litoral o despacho publicado em Diário da República (DR) aponta a carência, em cada, de 12 médicos de família.

Nos ACES Médio Tejo, Lisboa Ocidental e Oeiras e Baixo Mondego faltam 10 médicos de Medicina Geral e Familiar, enquanto nos restantes ACES e unidades de cuidados de saúde apresentados no despacho publicado em DR faltam, em cada, menos de 10 médicos de família.

O despacho sublinha a prioridades do Governo na “continuação da política de reforço dos recursos humanos do Serviço Nacional de Saúde (SNS), o que reveste de primordial acuidade”, “em particular no atual contexto de pandemia”.

O relatório de 2019 sobre a Situação da Saúde na UE divulgado no final do ano passado em Bruxelas indicava que havia 600 mil utentes em Portugal sem médico de família.

Em janeiro, uma estimativa do Governo apresentada no parlamento pela ministra da Saúde dizia que mais 200 mil portugueses iriam ter médico de família atribuído este ano.

 

 

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