Pai da madrasta de Valentina diz que Sandro dava «muita porrada» na filha

João Monteiro, pai de Márcia explica que teve conhecimento do homicídio na Bélgica, enquanto via televisão. O emigrante diz que a filha era vítima de violência doméstica.

Pai da madrasta de Valentina diz que Sandro dava «muita porrada» na filha

João Monteiro, pai da madrasta de Valentina, explica que teve conhecimento do homicídio na Bélgica, enquanto via televisão. Em entrevista ao “Linha Aberta” da SIC, o emigrante diz que Márcia era vítima de violência doméstica.

“Aquilo que me contam é que ele lhe dava muita porrada. Puxava-lhe e arrastava-a pelos cabelos“.

Diz ainda que a filha tinha medo de Sandro e que evitava qualquer contacto com outras pessoas. “Ela não se podia dar com ninguém que havia logo barafunda. Mal falava com o senhorio por ter medo dele. Ela nunca contou nada porque tinha medo dele”.

Relativamente à relação de Márcia com Valentina, dá conta de que “se davam bem. Vi-as em Peniche e [a Valentina] era bem tratada“. João Monteiro explica que desde então não esteve com Márcia. “Não sei se a quero ver”, acrescenta.

O homem revela ainda que pouco tempo antes do homicídio, Sandro esteve na Bélgica durante “um ou dois meses” em trabalho. “Se eu soubesse que ela tinha medo dele as coisas tinham sido diferentes. Tinha ido ter com ele quando ele esteve na Bélgica”.

Revela também que o casal tinha planeado mudar-se para aquele país. “Ele era para ir para lá com os filhos e com a Márcia. Já lá tinha trabalho. Só que depois aconteceu isto”.

«Nunca fui à bola com ele»

Sobre a relação que mantinha com Sandro, o progenitor de Márcia diz que o conheceu em Peniche e que esse foi o único contacto. “A partir daí nunca mais. Não gostei”, começa por dizer.

“Não falava com ele porque nunca gostei dele. Não gostava do estilo dele, tinha aquele estilo de malandro. Achava que ele não estimava bem a minha filha. Nunca fui à bola com ele”, prossegue.

“Não fazia nada, nem procurava trabalho. Ela vinha arrasada do trabalho e ainda tinha de ir fazer o jantar. Ele não saia do sofá. Estava sempre a jogar computador“.

Confrontado com as acusações de Sandro – alega que foi Márcia quem matou Valentina -, João Monteiro tem “a certeza” de que foi o homem quem tirou a vida à própria filha.

“Sei dentro de mim que foi ele. A minha filha não é capaz de matar uma mosca quanto mais fazer isso a uma filha. A minha filha adorava a miúda”, conclui.

A leitura do acórdão está marcada para 14 de abril.

 

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