Depois das formigas voadoras, praga de ratos chega à zona centro do país

Depois dos incêndios na zona centro de Portugal em 2017, os predadores naturais dos ratos do campo morreram ou fugiram, o que fez com que a comunidade de roedores aumentasse

Depois das formigas voadoras, praga de ratos chega à zona centro do país

Em outubro deste ano, muitos portugueses ficaram indignados com o surgimento, em grande número, de formigas voadoras por todo o país. Mas se estes insectos apareceram devido ao ciclo de acasalamento, um mês depois, não se pode dizer o mesmo de uma praga de ratos que está a revoltar os habitantes da zona centro do nosso país.

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Localidades como Oliveira do Hospital e Arganil são dois municípios, cujas autarquias tiveram que reforçar medidas para combater os roedores. Esta praga de ratos é uma consequência dos incêndios de 2017. De acordo com Jorge Paiva, biólogo na Universidade de Coimbra, os roedores sobreviveram às chamas, contudo, os seus predadores naturais não, o que desequilibrou o ecossistema das zonas em causa.

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«Os ratos conseguiram sobreviver [aos fogos] porque foram para as luras» e, devido à profundidade dos buracos que escavam acabaram por não serem atingidos pelas frentes dos fogos, explica o biólogo em declarações à Lusa.

No caso do município de Arganil, a praga de ratos «não representa uma ameaça à saúde pública», segundo garante a Câmara Municipal em comunicado.

«Estão a ser tomadas medidas no sentido de responder de forma pronta e conveniente às situações reportadas, nomeadamente através do reforço do sistema de recolha de lixo e da desratização na rede de saneamento de águas residuais».

Em Oliveira do Hospital foi aumentada «a vigilância e a monitorização» dos edifícios públicos, redobrado o trabalho de desratização e reforçadas «as operações de manutenção e inspeção da rede de saneamento e águas pluviais», diz a autarquia em comunicado.

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A Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro considera que «a proliferação de ratos registada nas zonas afetadas pelos incêndios de outubro de 2017 não representa, contudo, uma situação alarmante» para a saúde pública, uma vez que «não foram reportados casos de doença transmitida por roedores, nem houve até ao momento recurso aos serviços de saúde motivado por situações relacionadas com o aumento destes animais».

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