Rui Lucas é o português que morreu nas explosões do Sri Lanka

Este domingo várias explosões em hoteis e igrejas na capital do Sri Lanka, Colombo, mataram mais de 200 pessoas, uma das quais de nacionalidade portuguesa, e feriram mais de 400.

José Luis Carneiro, o secretário de Estado das Comunidades lamentou este domingo, dia 22 de abril, a morte de um cidadão português, Rui Lucas, nas explosões ocorridas no Sri Lanka, avançando que estão a tentar contatar os portugueses que se encontram no país, embora não haja conhecimento de mais vítimas. Rui Lucas, de 30 anos, era natural de Viseu trabalhava numa empresa de Vouzela e estava no Sri Lanka em lua-de-mel com a mulher, que sobreviveu aos ataques. O casal tinha casado na semana passada.

Rui Lucas «era uma pessoa com um coração enorme, um grande amigo»

«Era uma pessoa com um coração enorme, um grande amigo», afirmou Augusto Teixeira sobre Rui Lucas, que desde 2013 era seu colaborador na T&T Multielétrica, empresa que presta serviços nas áreas das energias renováveis, domótica e segurança, eletricidade e climatização.

«Ia passar a lua-de-mel para um sítio calmo, com uma cultura completamente diferente…»

Consternado com a notícia da morte do amigo, o empresário disse que é um «momento particularmente difícil» para os cerca de 30 colaboradores da empresa onde Rui Lucas trabalhava, em Crasto de Campia, a cerca de 40 quilómetros de Viseu, cidade onde a vítima mortal dos ataques residia.«Ele gostava de desportos de natureza, mas acho que não foi por isso que escolheu o Sri Lanka. Ia passar a lua-de-mel para um sítio calmo, com uma cultura completamente diferente. Gostava de viajar, viajava muito nas férias», afirmou.

Marcelo presta condolências a viúva

O Presidente da Republica Marcelo Rebelo de Sousa já apresentou as suas condolências à mulher da vítima. «O meu pensamento vai em especial para a família da vítima portuguesa e já tive a oportunidade de apresentar as condolências à viúva», declarou Marcelo, em declarações à agência Lusa. José Luis Carneiro também já falou com a esposa do português, a quem transmitiu uma mensagem de condolências e deixou os contatos para prestar «o apoio devido e indispensável nesta altura». «Tivemos conhecimento [da existência destes portugueses] porque foi a sua família que contatou o gabinete de emergência consular», acrescentou o responsável, adiantando que o gabinete teve ainda o contato de outros familiares dando conta de que tinha também lá uma família de quatro elementos, mas «felizmente esses encontram-se bem».

Existem 10 portugueses com residência inscrita na embaixada de Portugal em Nova Deli

De acordo com o secretário de Estado das Comunidades, existem 10 portugueses com residência inscrita na embaixada de Portugal em Nova Deli, e até agora os únicos contatos que o gabinete de emergência teve foi das duas famílias cujos familiares estavam em turismo na ilha. «Para já não temos quaisquer informações que suscitem preocupação. O que ocorre nestes casos é o contato das famílias com o gabinete de emergência consular. Estamos a fazer uma despistagem para procurar contatar as famílias que estão inscritas no serviço consular de Nova Deli», disse.

José Luis Carneiro frisou ainda que, «para já, não há indícios de outros portugueses vítimas destes acontecimentos tao horríveis e lamentáveis». O secretário de Estado das Comunidades acrescentou também que as autoridades portuguesas «vão continuar a acompanhar e a manter abertos os canais de comunicação diretos quer na Embaixada de Portugal em Nova Deli, quer da cônsul honorária no Sri Lanka».

Dois kamikazes participaram nos ataques

Pelo menos dois kamikazes participaram na série de explosões , embora o Governo não tenha precisado a foma da operação, de acordo com a polícia e testemunhos.Em Orugodawatta, um kamikaze feriu três policias ao início da manhã ao fazer-se explodir num edifício nos subúrbios ao norte da capital, Colombo. De acordo com a agência de notícias francesa France Presse, policias entraram numa residência para uma operação de busca quando um suspeito se fez explodir, disse um polícia a um fotojornalista da AFP que chegou ao local pouco depois do sucedido.

A explosão causou o colapso do teto, subterrando os membros da polícia. Tratou-se da oitava explosão sentida hoje no Sri Lanka. Testemunhas revelam ainda a implicação de um outro kamikaze na série de explosões ocorridas hoje. No hotel de luxo Cinnamon Grand, um kamikaze empurrou a sua bomba para a fila de clientes que esperava para entrar para um ‘buffet’ de Páscoa no restaurante do hotel. “Ele foi até ao começo da fila e explodiu. Um gerente que cumprimentou os clientes é um daqueles que foram mortos instantaneamente. Foi um caos total”, disse um funcionário hoteleiro à AFP. De acordo com outros funcionários do hotel, o homem era um cidadão do Sri Lanka que tinha reservado um quarto no sábado. Esta explosão aconteceu pelas 08:45 locais (03:15 em Portugal), ao mesmo tempo que duas outras explosões ocorriam em outros dois hotéis de luxo localizados muito perto, no Kingsbury e no Shangri-La.

As 8 explosões mataram, pelo menos, 207 pessoas e fizeram 469 feridos

A capital, Colombo, foi hoje alvo de pelo menos cinco explosões: em quatro hotéis de luxo e uma igreja. Duas outras igrejas foram também alvo de explosões, uma em Negombo, a norte da capital e onde há uma forte presença católica, e outra ao leste do país. A oitava e última explosão, até ao momento, teve lugar num complexo de vivendas na zona de Dermatagoda. As primeiras seis explosões ocorreram “quase em simultâneo”, pelas 08:45 (03:15 em Portugal), de acordo com fontes policiais citadas por agências internacionais. As oito explosões na ilha mataram, pelo menos, 207 pessoas e fizeram 469 feridos.

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