Politécnico da Guarda suspende exames presenciais por ter estudantes infetados em “festas Covid”

Alguns dos estudantes infetados terão estado em “festas Covid” realizadas na Guarda, sem quaisquer regras de segurança. Casos levam a suspender exames presenciais.

Politécnico da Guarda suspende exames presenciais por ter estudantes infetados em

O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) suspendeu os exames presenciais, passando estes agora a ser feitos nas plataformas digitais, isto após ter conhecimento da existência de estudantes infetados com covid-19, foi anunciado este domingo.

“A decisão deve-se às informações transmitidas, sábado à noite, pela Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda de que há estudantes do IPG que testaram positivo à covid-19, tendo oito ficado internados no hospital por não terem nos respetivos alojamentos condições para estarem em isolamento durante o período de quarentena”, refere o IPG, em comunicado enviado à agência Lusa.

Segundo a nota, os estudantes foram infetados fora das instalações: “Segundo as informações transmitidas ao IPG, uma parte dos contágios terá ocorrido em ‘festas covid’ realizadas na Guarda, à semelhança do que terá ocorrido noutras cidades com estabelecimentos de ensino superior. Nessas festas o convívio dos jovens terá decorrido sem cumprir as recomendações das autoridades de saúde”.

Apesar de não termos nenhuma evidência de qualquer contágio ocorrido dentro das instalações do IPG, o súbito aparecimento de estudantes que testaram positivo obriga-nos a mudar os planos feitos de acordo com as diretivas do Ministério do Ensino Superior, suspendendo os exames presenciais e passando-os a ‘online’”, afirma Joaquim Brigas, presidente do IPG.

O responsável acrescenta que “embora o protocolo de deteção, higiene e segurança” que está em prática nos edifícios das diferentes escolas do IPG “seja muito rigoroso”, a instituição não pode “correr riscos que coloquem em causa a saúde de outros estudantes, de professores ou de funcionários”.

“É uma pena que os estudantes não sejam avaliados nas condições ideais, mas o valor da saúde tem de prevalecer”, afirma Joaquim Brigas.

O presidente do IPG apela “com veemência a todos os alunos” para que “mantenham fora do IPG os mesmos cuidados e as mesmas regras que observam dentro dele”. Peço-lhes que não coloquem em causa a sua saúde, nem a saúde de quem lhes é próximo. E apelo a que não desperdicem, com comportamentos que desrespeitam os cuidados sanitários, a expectativa e o esforço que as suas famílias estão a fazer para que possam frequentar o ensino superior”, afirma.

Para o caso de alguns estudantes terem problemas com os seus equipamentos informáticos durante o período dos exames ‘online’, o IPG adianta que irá disponibilizar salas de informática para que possam realizar as provas nas plataformas digitais.

“Nestas salas, as condições de higiene e de segurança serão tão ou mais rigorosas do que aquelas que já estavam a ser adotadas nos outros espaços”, refere Joaquim Brigas.

O IPG lembra, ainda, que “todos os exames presenciais feitos até agora tiveram um protocolo rigoroso de regras de higiene e segurança”.

“Em primeiro lugar, era sempre medida a temperatura dos estudantes à entrada. Os alunos entravam separadamente nos espaços, as cadeiras estavam a uma distância segura umas das outras, as salas foram sempre higienizadas antes e depois das atividades. Paralelamente, era disponibilizado álcool aos alunos, quer para lavar as mãos, quer para higienizarem os objetos com que lidavam nos espaços do IPG”, explica a nota.

 

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