Padre Marco foi perseguido antes de morrer: «Ele não era capaz de se suicidar»

Ainda não foi apurado se o padre cometeu suicídio ou se foi vítima de um crime. Contudo, população mostra-se «escandalizada» com ambos os cenários

Padre Marco foi perseguido antes de morrer: «Ele não era capaz de se suicidar»

O corpo do padre Marco Brites foi encontrado a boiar na praia das Valeiras, perto de S. Pedro de Moel, no passado dia 6 de junho. Desde que a morte do sacerdote foi divulgada que o caso tem estado envolto em polémica e mistério.

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Eram 9h30 da manhã, quando o corpo do padre, que prestava funções na paróquia a Macieira, foi encontrado por um pescador. Nas imediações do local, onde o cadáver foi encontrado (a cerca de 20 km da residência do religioso), não foi avistada nenhuma viatura. Passados seis meses do trágico acontecimento, ninguém sabe se o padre de 38 anos se suicidou ou se foi morto.

A autópsia realizada ao corpo revela que o padre morreu «afogado», mas vários testes deram «inconclusivos». Segundo, as autoridades o sacerdote «não apresentava vestígios de agressões. As mãos tinham marcas de água, apenas algumas marcas ligeiras na zona do pescoço que foram provocadas pelo colarinho da camisa».

«O padre Marco não era capaz de se suicidar»

No entanto, na localidade de Leiria, a morte do padre não foi esquecida e várias teorias tem-se formado. «O padre Marco não era capaz de se suicidar. Tinha muitas preocupações, é bem certo, mas tinha a agenda preenchida para o ano inteiro e estava sempre bem-disposto», contou uma testemunha à revista TVMais.

De acordo com um elemento da igreja local, na noite antes do incidente o padre terá desmarcado uma reunião com o chefe dos escuteiros às 23 horas porque tinha «uma reunião mais delicada», que se deu no andar de cima da Casa paroquial. «As pessoas que estavam por baixo ouviram passos e cadeiras a arrastarem». Os elementos da Comissão da Igreja saíram por volta das 23h30. As luzes da casa do padre continuavam acesas e o barulho dos passos também», contou uma fonte à referida publicação.

Por volta das 00h20, uma outra testemunha garante que as luzes de casa do padre continuavam acesas e que o carro do sacerdote estava estacionado à porta da residência. «Ele nunca se deitava sem estacionar o carro na garagem». A mesma fonte ainda acrescenta que na manhã seguinte, às 9h30 o carro estava na garagem.

Segundo várias fontes próximas do padre, este estava a passar as contas da igreja ‘a pente fino’ e tinha desabafado que lhe tinham vasculhado a casa. Para descobrir o invasor, o padre instalou câmaras de vigilância em casa. O religioso terá partilhado estas informações com o bispo de Leiria-Fátima.

«Um dia o padre contou-me que havia alguém a remexer as coisas dele… disse-me que lhe mexiam nas roupas e no computador. Que alguém andava à procura de alguma coisa. Mais tarde, contou-me que tinha apanhado o passarão. Ele descobriu tudo porque instalou uma câmara em casa e apanhou a pessoa em flagrante», confessou uma fonte.

«Um padre não se suicida. […] É proibido pelo quinto mandamento. Se tiver sido morto por questões de dinheiro, será na mesma um escândalo», explica o padre Jonas dos Santos Lisboa, colaborador dos portais «Catolicismo Romano e «Rádio Italiana».

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