Número de nascimentos no primeiro trimestre de 2021 regista valor mais baixo desde 2015

Cerca de 18.200 bebés nasceram em Portugal no primeiro trimestre de 2021, o número mais baixo dos últimos 7 anos para igual período, segundo dados do Programa Nacional de Diagnóstico Precoce.

Número de nascimentos no primeiro trimestre de 2021 regista valor mais baixo desde 2015

Cerca de 18.200 bebés nasceram em Portugal no primeiro trimestre de 2021, o número mais baixo dos últimos sete anos para igual período, segundo dados do Programa Nacional de Diagnóstico Precoce, que cobre a quase totalidade dos nascimentos.

Nos primeiros três meses do ano, foram estudados 18.226 recém-nascidos ao abrigo deste programa, conhecido como “teste do pezinho”, menos 2.898 do que em igual período de 2020 (21.124), o que representa uma quebra de 13,7%, revelam dados do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) avançados à agência Lusa.

O mês de março, em que foram estudados 6.978 bebés, registou um aumento no número de nascimentos face a janeiro (5.646) e fevereiro (5.602), indicam os dados do Programa Nacional de Diagnóstico Precoce (PNDP).

Analisando os dados para igual período até 2015, verifica-se que é o valor mais baixo registado desde essa data.

Em 2015, foram realizados no primeiro trimestre do ano 19.656 testes, número que subiu para 20.992 no ano seguinte e caiu para 20.735, em 2017, e para 20.364, em 2018. No ano seguinte, subiu para 21.348 e, em 2020, baixou para 21.124.

Segundo os dados, Lisboa foi o distrito com mais “testes do pezinho” realizados (5.343), seguido do Porto (3.418), Braga (1.329) e Setúbal (1.321).

Já Bragança foi o distrito que menos rastreios realizou (116), seguido de Portalegre (129) e da Guarda (137), precisam os dados do programa coordenado pelo INSA, através da sua Unidade de Rastreio Neonatal, Metabolismo e Genética, do Departamento de Genética Humana.

Em 2020, foram estudados 85.456 recém-nascidos, menos 1.908 bebés do que em 2019 (87.364), no âmbito Programa Nacional de Rastreio Neonatal, que abrange atualmente 26 doenças, 25 das quais de origem genética.

O Programa Nacional de Rastreio Neonatal arrancou em 1979 com o objetivo de diagnosticar crianças que sofrem de doenças genéticas que podem beneficiar de tratamento precoce, evitando a ocorrência de atraso mental, doença grave irreversível e até mesmo a morte.

O “teste do pezinho” deve ser realizado entre o terceiro e o sexto dia do bebé e consiste na recolha de gotículas de sangue através de uma picada no pé do bebé.

Apesar de não ser obrigatório, o Programa Nacional de Rastreio Neonatal tem atualmente uma taxa de cobertura de 99,5%.

 

 

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