Mulher de triatleta e alegado cúmplice são amantes e terão matado Luís Grilo a tiro

Rosa Grilo, a mulher do triatleta encontrado morto, e o alegado cúmplice foram detidos esta quarta-feira sob suspeita de homicídio

Rosa Grilo, a mulher do triatleta, de 43 anos, que após ter estado desaparecido foi encontrado morto nu com um saco enfiado na cabeça, foi detida esta quarta-feira, dia 26 de setembro, juntamente com um alegado cúmplice, um homem, de 42, cuja identidade não foi revelada.

De acordo com um comunicado da Polícia Judiciária, os detidos «têm uma relação de proximidade», ao que tudo indica são amantes.  A nota acrescenta que a vítima de 50 anos morreu na sequência de um disparo de uma arma de fogo na cabeça.

«A investigação apurou que os factos terão ocorrido no passado dia 15 de julho, tendo a vítima sido atingida por um disparo de arma de fogo na caixa craniana, o qual lhe terá provocado a morte», indicou a PJ.

A autoridade policial afirma ainda que «foi recuperada a arma de fogo presumivelmente utilizada na prática do homicídio, bem como foram recolhidos e apreendidos outros elementos de relevante valor probatório».

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A mulher de Luís Grilo e o amante vão estar presentes na sexta-feira, dia 28 de setembro, em tribunal para um primeiro interrogatório judicial. Os detidos estão indiciados pela prática dos crimes de homicídio qualificado, profanação de cadáver e detenção de arma proibida.

Numa entrevista à TVI24, a mulher de Luís Grilo – o triatleta amador que estava desaparecido desde 16 de julho e que foi encontrado morto em Avis a 134 quilómetros de casa, passado mais de um mês (38 dias) – negou ter tido qualquer envolvimento na morte do marido. «Não, de todo. Não tenho nada a ver com isso», garantiu a viúva.  Inicialmente, a mulher do desportista foi ouvida pela Polícia Judiciária e após o interrogatório não foi constituída como arguida no caso.

Investigação criminal apontava para crime passional

Devido ao facto de o corpo de Luís ter sido encontrado nu, as autoridades policiais equacionaram a hipótese de se ter tratado de um crime passional.

«Quem o matou pode ter querido vingar-se e quis como que deixar um recado, não a ele, mas a quem o possa entender, de que foi por ele andar despido que foi morto», referiu uma fonte da Polícia Judiciária, no início da investigação, ao Observador.

O saco de plástico também indicava que o alegado homicida tinha uma relação amorosa, familiar ou de circunstância com a vítima. Tapar o rosto de um corpo pode traduzir-se em culpa ou arrependimento por parte do assassino. A psicologia forense explica que o facto de um criminoso tapar a cara da vítima durante ou depois de um homicídio é habitualmente um indicador de proximidade com a mesma.

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