A Polícia Judiciária revelou que acredita que os suspeitos do homicídio de Luís Grilo – Rosa Grilo, mulher do triatleta, e o amante, António Joaquim – terão deixado o corpo do desportista num terreno baldio, em Avis, porque esperavam que o cadáver fosse devorado por javalis, antes que fosse encontrado, avança o Correio da Manhã.

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O local onde Luís Grilo foi encontrado sem vida, nu e com um saco na cabeça é uma zona de caça especificamente de javalis. O corpo da vítima foi encontrado por um caçador, a 134 quilómetros da casa de Luís Grilo, em Avis, perto da habitação dos pais de Rosa Grilo. Contudo, os animais selvagens não danificaram o corpo do desportista.

Rosa Grilo, de 43 anos, e António Joaquim, de 42, foram ouvidos na passada sexta-feira e sábado em tribunal. Terminada a audiência ao início da tarde de sábado, os suspeitos ficaram em prisão preventiva.

Os amantes e alegados assassinos foram detidos na passada quarta-feira, dia 27 de setembro, à noite pela Polícia Judiciária. O corpo de Luís Grilo já estava desaparecido desde 16 julho e foi encontrado um mês depois.

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Defesa de suspeitos da morte de triatleta admite recorrer da prisão preventiva

Apesar de «não concordar» e não se conformar com a medida mais gravosa aplicada a Rosa Grilo e a António Joaquim, a advogada de defesa dos dois suspeitos, Tânia Reis disse «compreender» a situação.

Na sua opinião, os dois detidos deviam ter ficado em liberdade, embora sujeitos a apresentações periódicas às autoridades, considerando que esta medida de coação mais leve «acautelava todas as necessidades» que o tribunal entende necessárias para o decurso do inquérito.

Tânia Reis revelou que os dois arguidos prestaram declarações durante o interrogatório judicial, sem precisar, contudo, se responderam a todas as perguntas sobre os factos que lhe são imputados e que configuram os crimes de homicídio qualificado, profanação de cadáver e posse de arma ilegal.

Durante o interrogatório, disse ainda a advogada, foram apresentadas as «provas indiciárias» relativas aos crimes em causa.

Após ter sido determinada a aplicação de prisão preventiva, a advogada requereu que o arguido António Joaquim cumpra aquela medida de coação numa «cela isolada», devido ao facto de ser funcionário judicial.

O tribunal aplicou a prisão preventiva aos dois suspeitos da morte de Luís Grilo, após considerar que se verificaram todos os pressupostos dos crimes imputados aos alegados autores da morte de Luís Grilo.

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