Mais 19 casos de Monkeypox em Portugal que totalizam agora 138

Portugal tem mais 19 casos confirmados de Monkeyox, totalizando 138 infeções, segundo o novo balanço da Direção-Geral da Saúde, adiantando que os doentes estão em acompanhamento clínico e estão estáveis.

Mais 19 casos de Monkeypox em Portugal que totalizam agora 138

Portugal tem mais 19 casos confirmados de Monkeyox, totalizando 138 infeções, segundo o novo balanço da Direção-Geral da Saúde, adiantando que os doentes estão em acompanhamento clínico e estão estáveis. Ao Hospital dos Capuchos, em Lisboa, onde a 03 de maio surgiu o primeiro caso suspeito de Monkeypox, têm chegado cerca de 20 doentes por semana, disse à agência Lusa a dermatologista Cândida Fernandes, responsável pela consulta de Doenças Sexualmente Transmissíveis do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central.

Os doentes observados têm um quadro clínico benigno e com o mesmo padrão. “Não sabemos se no futuro, daqui a alguns meses, como é que se vai comportar, como é que vai surgir na população feminina e nas outras faixas etárias, mas, para já, está a ser uma infeção mais frequente nos homens e jovens”, adiantou.

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Segundo a DGS, os 138 casos de infeção humana por vírus Monkeypox, confirmados pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, são homens entre os 20 e os 61 anos, tendo a maioria menos de 40 anos. Cândida Fernandes adiantou que estão a aparecer na sua consulta “alguns doentes que estiveram nos mesmos locais e alguns doentes que são contactantes de outros com infeção”.

Referiu ainda que “é normal” que apareçam mais doentes, uma vez que o período de incubação da doença são 21 dias, além de as pessoas estarem “mais atentas” ao aparecimento de lesões. Até agora, disse, apenas um doente esteve internado “poucos dias” no serviço de doenças infecciosas do CHULC, para controlo da dor numa lesão.

A dermatologista adiantou que os doentes estão a recorrer atempadamente aos serviços de saúde, porque estão informados. “Nós, do ponto de vista europeu, até detetámos este surto bastante precocemente em relação a outros países”, salientou. Relativamente ao tratamento, Cândida Fernandes explicou que é dirigido aos sintomas, nomeadamente febre, embora seja ligeira, e dor nas lesões. Adiantou que o número de lesões – que desaparecem sem grandes sequelas – nos doentes observados é em “número muito inferior, abaixo de dez”, ao observado em doentes nos países onde a doença é endémica.

Quanto à via de transmissão da doença, Cândida Fernandes disse que os casos observados parecem indicar que o vírus se transmite por um contacto físico muito próximo devido à localização das lesões. “Em relação ao que se sabe da doença em geral [nos países endémicos], ou seja, nos outros casos da doença, põe-se sempre a hipótese de que possa haver transmissão a partir de, eventualmente, de roupas, de contacto próximo a partir de gotículas”, referiu. “Nós presumimos que também nesta infeção possa haver algum tipo dessa transmissão, mas atualmente tanto quanto nos percebemos nos nossos doentes é um contacto físico próximo”, sustentou.

Lembrando o aparecimento dos primeiros casos na consulta, Cândida Fernandes disse que o desafio foi encontrar “o diagnóstico correto para melhor tratar os doentes”. “Os primeiros casos que surgiram foi o desafio das lesões cutâneas que não se enquadravam no que normalmente nós vimos nesta consulta e, portanto, a partir daí foi tentar alargar o número de exames que fazem para encontrar o diagnóstico certo para tratar a doença. No fundo, para esclarecer os casos e tratar bem os doentes”, rematou.

Segundo a DGS, a maioria das infeções foram notificadas, até à data, em Lisboa e Vale do Tejo, mas também há registo de casos nas regiões Norte e Algarve.

 

 

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