Libertada enfermeira suspeita de injetar morfina em bebés prematuros

A enfermeira esteve quatro dias detida e continua a ser, a par de outros cinco colegas que trabalharam na noite da intoxicação dos bebés, suspeita do crime.

Libertada enfermeira suspeita de injetar morfina em bebés prematuros

A justiça alemã anunciou, esta terça-feira, que continua a investigar um caso de cinco bebés prematuros injetados com morfina numa clínica de Ulm, no sul da Alemanha, mas libertou a enfermeira que tinha sido detida.

A enfermeira esteve quatro dias detida e continua a ser, a par de outros cinco colegas que trabalharam na noite da intoxicação dos bebés, suspeita do crime.

“Essas seis pessoas são suspeitas por causa da sua proximidade com os bebés no momento do incidente”, explicou o porta-voz da procuradoria de Ulm, Michael Bischofberger, acrescentando que nenhum dos suspeitos voltará a trabalhar no hospital enquanto a investigação durar.

No entanto, a investigação foi aberta para “todas as direções” e “nenhuma pista será excluída”.

Cinco crianças prematuras manifestaram, de forma repentina, dificuldades respiratórias graves, ao início da manhã do dia 20 de dezembro de 2019, depois de a enfermeira em causa ter estado de serviço no turno da noite. Bernhard Weber, chefe da polícia de Ulm, indicou que os recém-nascidos afetados tinham entre um dia e cinco semanas de vida e que, o mais provável, é que não irão sofrer danos permanentes com a situação.

Três dos bebés tiveram de ser ventilados após o incidente

De acordo com o Centro Médico Universitário de Ulm, três dos bebés tiveram de ser ventilados após o incidente. No início, o hospital suspeitou que os bebés estariam a ser vítimas de uma infeção. Contudo, o hospital alertou as autoridades depois de os testes realizados à urina dos recém-nascidos terem revelado que tinham ingerido morfina.

O hospital conseguiu perceber o período horário em que a morfina terá sido administrada nas crianças e, assim, reduzir as possibilidades de um suspeito uma vez que no turno da noite da madrugada de 20 de dezembro estavam apenas a trabalhar quatro enfermeiras e dois médicos.

A justiça continua sem explicação para a presença de uma seringa de leite materno no cacifo da enfermeira, sem qualquer refrigeração e em risco de se estragar. “É estranho”, admitiu Bischofberger.

No entanto, o procurador-geral, Christof Lehr, pediu desculpas e disse estar arrependido pela detenção prematura da enfermeira, numa conferência de imprensa hoje realizada. A clínica, por sua vez, pediu desculpas pelo “incidente” e ainda pediu desculpas expressamente aos bebés e suas famílias.

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