Julen, o menino de dois anos que caiu num poço em Totalán, Málaga, foi encontrado morto na madrugada do passado sábado, dia 26 de janeiro, ao fim de 13 dias de operações de resgate. Passados menos de 24 horas da retirada do corpo do menor, um homem, de 45 anos, teve o mesmo destino trágico que a criança ao cair também num poço em Villanueva del Trabuco, a cerca de 60 quilómetros da propriedade onde Julen morreu.

Juan Antonio Santamaría foi encontrado sem vida, juntamente com o seu cão, num buraco com cerca de dois a três metros de profundidade. Segundo o jornal El Español, o resgate do corpo foi concluído numa questão de horas e o cadáver já se encontra no Instituto Anatómico Forense de Málaga para ser autopsiado. Os resultados da intervenção irão esclarecer a causa da morte. As autoridades locais, que já estão a investigar o caso, inclinam-se para que o homem ou tenha sofrido um acidente quando passeava o cão ou se tenha suicidado. No entanto, vizinhos da vítima amante da natureza e dos animais garantem que Juan não aparentava ter problemas psicológicos.

«Era uma pessoa ‘normal’. Não tinha problemas com ninguém, nem parecia ter problemas psicológicos. É estranho, não há explicação», declarou um vizinho à publicação referida.

Espanha conta com mais 500 mil poços ilegais

De acordo com o Ministério a Agricultura espanhol, em 2006, foram identificados 510 mil poços ilegais de norte a sul do país. Esta estimativa salienta que a maior parte das perfurações ainda são realizadas de «forma ilegal» e sem quaisquer punições para quem as faz por parte do Estado, destacam também diversas organizações ambientais. Atualmente, prevê-se que Espanha tenha mais de um milhão de poços iguais ao que Julen caiu no dia 13 de janeiro.

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